Folha de S. Paulo


Ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra morre aos 66 anos em São Paulo

O ex-presidente nacional do PSDB e deputado federal pernambucano Sérgio Guerra (PSDB) morreu aos 66 anos em São Paulo, informou a assessoria do parlamentar nesta quinta-feira (6). Guerra estava internado há cerca de 20 dias no hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Sérgio Guerra era presidente do Instituto Teotonio Vilela (ITV) e do diretório do partido em Pernambuco. Guerra lutava contra câncer no pulmão e na cabeça e, recentemente, teve uma pneumonia em decorrência de quimioterapia.

Segundo nota do PSDB, o deputado morreu por volta das 8h, em decorrência de uma infecção pulmonar. Em nota, o hospital Sírio-Libanês informou que Guerra morreu em decorrência de complicações relacionadas a um quadro infeccioso.

O PSDB-PE informou que o velório do deputado Sérgio Guerra será nesta sexta-feira (7), a partir das 11h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, no centro do Recife. O corpo será cremado às 16h do mesmo dia no cemitério Morada da Paz, em Paulista, na região metropolitana da capital.

O deputado federal era diabético e perdeu um rim aos 12 anos. Há cerca de seis anos, teve parte do intestino delgado removido. Em 2012, retirou dois nódulos, um na cabeça e outro no pulmão, e recebeu o diagnóstico de câncer. No mesmo ano, já havia sido internado para tratar gastroenterite, desidratação e insuficiência renal.

Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do tucano. "Foi com pesar que tomei conhecimento da morte do deputado federal Sérgio Guerra. Aos amigos e familiares, solidarizo-me neste momento de dor", afirma o texto.

HOMENAGEM

A sessão da tarde de hoje da Câmara dos Deputados deve ser dedicada a homenagens ao tucano e depois será suspensa. O pedido foi feito pelo deputado Mauro Benevides (PMDB-CE). Como Sérgio Guerra estava no exercício do mandato, pelo regimento, a Câmara já está em luto oficial.

HISTÓRICO

Economista, pecuarista e professor, Severino Sérgio Estelita Guerra nasceu no Recife, em 9 de novembro de 1947. Ingressou no PSDB apenas em 1999. Antes pertenceu ao PMDB (1981-1985), PDT (1985-1988) e PSB (1989-1999).

Em 1999, deixou o PSB e ingressou no PSDB, partido que presidiu (2007 a 2013) e onde ficou até a morte. Participou do primeiro governo Jarbas Vasconcelos, ocupando a Secretaria Extraordinária. Em 2002, Guerra tornou-se senador da República, por Pernambuco, com 1.675.779 votos. Na eleição à Presidência da República, em 2006, foi coordenador da candidatura tucana do governador Geraldo Alckmin.

Em 23 de novembro de 2007, Sérgio foi eleito presidente do PSDB, substituindo Tasso Jereissatti. Ocupou o posto até 18 de maio de 2013. Na sua gestão, modernizou o processo de comunicação do PSDB, investiu em mídias sociais ( Facebook e Twitter) e incrementou o diálogo do partido com os diversos segmentos da sociedade (jovens, mulheres, minorias, sindicalistas).

REPERCUSSÃO

Amigo pessoal do governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB-PE), Guerra foi o principal fiador do ingresso do PSDB no governo pessebista no início deste ano. Sérgio Guerra deixa quatro filhos.

Em nota, Campos lamentou a morte do tucano. "A perda de Sérgio Guerra nos entristece profundamente", disse o governador. "Em meu nome pessoal, da minha família e do povo pernambucano, expresso minhas condolências aos familiares e amigos deste pernambucano que lutou todos esses anos para a construção de um Pernambuco melhor e de um Brasil mais justo."


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