Folha de S. Paulo


Uso do amarelo se inspirou em atos das Filipinas

Um grupo de artistas e intelectuais criado após o comício da praça da Sé, que adotou o nome de Comitê 25 de Janeiro, propôs no dia 9 de fevereiro a adoção da cor amarela para simbolizar a campanha das Diretas-Já.

"O amarelo é uma cor nacional, a luz, o Sol, a energia, em confronto com a escuridão dos anos de arbítrio", disse a atriz Estér Góes. "É a cor da explosão do túnel", completou Caio Graco Prado, editor da Brasiliense, que teve a ideia ao ver as pessoas de amarelo durante uma manifestação contra a ditadura de Ferdinando Marcos nas Filipinas. "Fiquei impressionado quando vi aquilo. Uma multidão absolutamente amarela".

No dia 12, a Folha publicou o editorial "Amarelo, sim", defendendo o uso da cor pela "necessidade de afastar corajosamente as nuances do espectro político para abraçar apenas uma delas, cristalina como a luz do dia".

Dois dias depois, os presidentes do PMDB, PT e PDT lançaram a campanha "Use Amarelo pelas Diretas".


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