Em resposta ao incêndio provocado em sua sede na cidade de Humaitá (AM), a Funai (Fundação Nacional do Índio) afirmou que não cabe a ela investigar o desaparecimento de pessoas ou promover ações de busca e que atos de vandalismo são "injustificáveis".
Os moradores do município, que fica a 400 km de Manaus, atearam fogo na sede da Funai e da Funasa na noite de quarta-feira (25) por conta do desaparecimento de três pessoas.
Moradores ateiam fogo em sede da Funai e entram em conflito com polícia no Amazonas
Índios da etnia Tenharin, que vivem próximos à cidade, foram hostilizados e tiveram de se refugiar na base do 54º Batalhão de Infantaria de Selva, o que teria desencadeado a revolta da população.
"É fundamental reafirmar, nesse momento, os princípios que regem o Estado Democrático de Direito, no âmbito do qual são reprováveis a prática de ameaças, de violência física e moral contra indígenas e contra servidores públicos, e a depredação do patrimônio público, causadora de enorme prejuízo ao erário", diz a nota da Funai.
Raolin Magalhães - 27.dez.2013/Folhapress | ||
Moradores de Humaitá (a 400 km de Manaus) responsabilizam índios da etnia Tenharin pelo desaparecimento de três homens |