Folha de S. Paulo


Destino dos presos no caso mensalão ainda é indefinido

O destino dos 11 presos do mensalão em Brasília só será definido amanhã. O juiz titular da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Ademar Silva Vasconcelos, está analisando agora as cartas de sentença enviadas pelo Supremo Tribunal Federal.

Segundo o juiz, ele recebeu as cartas durante a madrugada deste domingo e só emitirá amanhã as guias de recolhimento, documentos que autorizam o ingresso dos condenados no sistema prisional. Quando elas forem expedidas, os réus serão encaminhados para as respectivas unidades prisionais.

Estes documentos autorizam a permanência dos condenados nos presídios. O juiz terá que, inicialmente, indicar para qual penitenciária cada réu será levado.

No entanto, a execução penal, que é a determinação para qual regime prisional cada detento será enviado, fica sob responsabilidade do ministro relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, presidente do STF.

Até o momento, todos os 11 presos estão sob custódia da Polícia Federal. Os nove homens dormiram esta noite no presídio da Papuda em uma ala emprestada para a PF, e as duas mulheres condenadas, separadamente na Superintendência Regional da PF.

A carta de sentença determina o regime ao qual o preso está designado --determinando assim se ele vai para uma unidade fechada ou semiaberta, na qual após um trâmite judicial ele recebe ou não a autorização para trabalhar em um local credenciado durante o dia.

Advogados de defesa dos réus queixam-se da situação, afirmando que é abusivo deixar os condenados presos sem determinar seu regime de detenção.

Um advogado a serviço do escritório que defende Delúbio Soares esteve hoje cedo na Papuda, mas não quis dar detalhes sobre como está o cliente. Apenas disse que visitas de familiares só deverão ser permitidas depois da definição do destino dos presos.


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