Folha de S. Paulo


Presidente da Alstom passa mal e adia depoimento à CPI

A CPI do Transporte Público da Câmara Municipal de São Paulo teve que adiar o depoimento do presidente da Alstom no Brasil, Marcos Costa, previsto para esta quinta-feira (7). O empresário passou mal um pouco antes da sessão na qual seria ouvido. Um novo depoimento foi marcado para o dia 28.

"Ele teve um mal estar, tontura, palidez e nós pedimos o adiamento" disse Roberto Lopes Teixeira, um dos advogados da empresa. De acordo com ele, Costa "perdeu a condição para enfrentar o estresse de um depoimento à CPI".

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O empresário passou mal já dentro da Câmara, momentos antes do início do depoimento. O presidente da CPI, Paulo Fiorilo, disse que a ausência de Costa deixou os vereadores frustrados. Adilson Amadeu (PTB), que também faz parte da comissão, classificou Costa de "fujão".

Criada após os protestos contra o reajuste do preço da tarifa de ônibus e do Metrô, a CPI acabou incluindo nas apurações as denúncias de suposto cartel nos contratos metroferroviários nos governos de São Paulo e do Distrito Federal. Na avaliação do PSDB, a CPI, que é controlada pelo PT, estaria tentando explorar politicamente o caso do cartel e desviando o foco da investigação. O PT nega.

Costa já tinha faltado a convocação anteriormente graças a uma liminar dada pela 10ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. Segundo a decisão, a convocação do presidente da Alstom não tinha relação com o objeto da CPI, que é apurar as planilhas de custo de ônibus. A liminar, porém, foi derrubada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Os advogados não quiseram comentar se vão recorrer dessa decisão.


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