Folha de S. Paulo


Liberação de recursos mostra 'eficiência', e não pressa, afirma Dilma

Em cerimônia para liberar R$ 3,7 bilhões em obras de mobilidade no Paraná, a presidente Dilma Rousseff rebateu nesta terça-feira (29) a afirmação de que tem intensificado a agenda de anúncios nos últimos meses.

Reportagem da Folha desta terça-feira mostrou que a presidente ampliou o número de eventos nos últimos dois meses, liberando R$ 34,5 bilhões para obras de mobilidade no período. É quase o dobro do bimestre anterior. As verbas anunciadas hoje em Curitiba são o sétimo anúncio bilionário desde setembro.

O período também coincide com a ascensão da dupla Eduardo Campos e Marina Silva, do PSB, no cenário eleitoral de 2014.

No discurso de hoje, Dilma fez referência à reportagem da Folha e afirmou que está liberando as verbas prometidas para obras de mobilidade urbana, num total de R$ 50 bilhões, após os protestos de junho.

"Hoje eu li no jornal uma coisa interessante. Que era muito súbito isso. Muito súbito. Muito súbito, não. Mostra uma grande eficiência", declarou a presidente. "Porque isso foi em junho. Hoje, nós estamos aqui anunciando."

Os recursos anunciados em Curitiba irão para o metrô e para outras três obras de melhoria e ampliação do transporte público na cidade.

O metrô, aliás, já havia sido alvo de anúncio de Dilma dois anos atrás, quando o governo destinou R$ 1 bilhão do PAC da Mobilidade para a obra. O projeto, porém, não saiu do papel: foi revisto pela nova gestão, do prefeito Gustavo Fruet (PDT), e considerado subfaturado e tecnicamente inviável.

Hoje, Dilma disse que a obra "é factível e vai começar". "Isso tem que ser comemorado", afirmou. "Nós, que vivemos o dia a dia das administrações, sabemos que o que nós temos de cobrar é que as coisas aconteçam. Que saiam do papel."

Editoria de Arte/Folhapress

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