Folha de S. Paulo


Ainda vai haver 'muitas surpresas', diz Serra sobre eleição presidencial de 2014

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) afirmou nesta segunda-feira (28) que ainda vai haver "muitas surpresas" durante a corrida eleitoral para o Palácio do Planalto em 2014.

O tucano disse que é "muito cedo" para definir qualquer cenário mesmo em termos de candidatura e ilustrou sua declaração com o panorama pré-eleitoral do PSDB em 1994.

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"Estávamos nos empenhando naquela época [1993] para que Antônio Brito [ex-governador do RS e porta-voz de Tancredo Neves] viesse para o PSDB para ser candidato a presidente. Em janeiro de 1994, ainda insistíamos no nome de Brito e, em outubro, Fernando Henrique Cardoso estava eleito".

Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) é o possível candidato tucano para disputar a sucessão da presidente Dilma Rousseff. Nas últimas semanas, porém, Serra intensificou sua agenda pública pelo país e, segundo aliados, fará "marcação homem a homem" no correligionário.

O ex-governador participou nesta segunda de reunião na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista, com presença dos diretores e de presidentes dos sindicatos ligados à entidade.

Serra telefonou pessoalmente para o presidente da entidade, Paulo Skaf (PMDB), e pediu para participar do encontro, no qual falou sobre os desafios de gestão que enfrentará o próximo presidente do Brasil.

Na semana passada, durante agenda em Salvador (BA), o tucano afirmou que estava "preparado" para ser presidente da República, mas que este não era o momento de definir o nome de seu partido que irá concorrer ao Planalto.

Questionado sobre a aliança entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no PSB, prejudicar a atuação do PSDB no embate ao PT, Serra afirmou que "é importante que não haja nenhum mal entendido entre as forças de oposição". Segundo ele, o bloco que se opõe ao governo petista deve estar "unido".


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