Em meio a um ritmo acelerado de compromissos políticos, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), defendeu nesta quarta-feira (23), em Campina Grande (PB), as viagens que tem feito pelo país, e negou que esteja negligenciando a gestão estadual.
"As minhas obrigações como governador estão sendo cumpridas. Sou o primeiro que chego e sou o último a sair, presto contas à população. Tanto é que todas as pesquisas de opinião dão ao nosso governo reconhecimento acima de 90% de aprovação. Sei conciliar meu papel político com o papel como administrador com todos os compromissos assumidos", disse Campos, que é presidente nacional do PSB.
Campos usou R$ 4 mi para rodar o país em jatinhos desde 2012
Em julho, pesquisa Ibope conferiu a Campos a maior taxa de aprovação entre 11 governadores avaliados na ocasião: 58%. O governador intensificou as agendas políticas e de gestão nos últimos 30 dias, marcados pela entrega dos cargos do PSB no governo federal e pela aliança fechada com a ex-ministra Marina Silva, que se filiou ao PSB após não conseguir o registro da Rede, partido que tentava fundar.
Nesta quarta-feira (23), por exemplo, após ter agenda de governo pela manhã no Recife, Campos chegou no início da noite a Campina Grande, onde participou de encontro com empresários. Na terça (22), esteve em Teresina (PI), recebeu homenagem na Assembleia Legislativa e se reuniu com militantes pessebistas.
| Lauriceia Barros/Folhapress | ||
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| Em Campina Grande (PB), aprovados em concurso da PM de Pernambuco estendem faixa ao governador Eduardo Campos |
Na Paraíba, Campos reforçou o discurso regionalista e disse que o Nordeste é visto como "peso" no país. "Não podemos aceitar ser vistos como um problema, mas como solução. Também não aceitamos ser vistos apenas como eleitores em vésperas de eleição. Queremos ser vistos como cidadãos. Não queremos privilégios, favores, queremos oportunidades, políticas públicas", afirmou.
O governador disse ainda que a discussão sobre paternidade e manutenção de programas sociais não deve ser objeto de disputa política em 2014. "Os programas sociais não podem ser objeto da disputa política e eleitoral de 2014. Esse terrorismo de que alguém vai acabar com os programas sociais já cansou. Isso é conversa pra boi dormir. Devemos é melhorar os programas. Os programas devem continuar até o tempo que a gente superar o atraso e o racha social que existe hoje", afirmou.
Embora estivesse fora de Pernambuco, Campos foi alvo em Campina Grande de um protesto de cerca de cinco pessoas se diziam aprovadas em concurso para a Polícia Militar pernambucana e reivindicavam a convocação. "Reservas aprovados PM-PE 2009. Eduardo Campos estamos esperando por você", dizia uma faixa carregada pelo grupo, de moradores de Campina Grande que prestaram o concurso no Estado vizinho.
Campos conversou com o grupo, que ficou em frente à associação comercial local, onde o governador tinha compromisso. Disse que eles tinham direito de reivindicar. O pessebista encerrou a agenda na cidade com um jantar para empresários em que falou sobre sua gestão em Pernambuco. Cerca de 400 pessoas participaram do evento, pelo qual sócios da associação comercial pagaram R$ 40 e não-sócios, R$ 80.