Folha de S. Paulo


Marina poupa Lula e FHC e associa Dilma a 'retrocesso'

Em sua primeira agenda pública no Recife após se aliar ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a ex-senadora Marina Silva afirmou nesta segunda-feira (14) que a marca do governo da presidente Dilma Rousseff é o "retrocesso".

Durante mais de uma hora de entrevista, Marina citou conquistas econômicas das gestões de Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) e avanços sociais obtidos sob os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 2003-2010). Não fez, contudo, menções a Dilma.

Questionada então sobre a marca do atual governo federal, foi direta. "Torço para que a presidente Dilma deixe sua marca. Por enquanto a marca que tem deixado é a marca do retrocesso", afirmou a ex-senadora.

Sergio Lima/Folhapress
A ex-senadora Marina Silva fala em entrevista exclusiva à *Folha* sobre a adesão ao PSB
A ex-senadora Marina Silva fala em entrevista exclusiva à Folha sobre a adesão ao PSB

Para Marina, o modelo de governança da presidente Dilma "chegou ao limite".

"Já chegamos a 40 ministérios e, para manter a base [aliada], mais ministérios têm sido criados, e isso é insustentável", afirmou.

Marina negou cultivar mágoa em relação à presidente, com quem divergiu sobre questões ambientais quando ambas eram ministras de Lula. "Não faço nada com mágoa."

Ainda nesta segunda-feira, Marina dará uma palestra sobre sustentabilidade na UPE (Universidade de Pernambuco) e jantará na casa de Eduardo Campos.

Marina voltará a São Paulo na manhã de terça-feira (15). À tarde, gravará participação no "Programa do Jô", na TV Globo.


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