Folha de S. Paulo


Dilma diz que não se preocupa com eleição e que adversários devem estudar o Brasil

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (14) que não é hora de "subir no salto alto" em relação às eleições de 2014, mas afirmou que seus adversários é que devem se preocupar em estudar para apresentar propostas para o país.

Em visita a Itajubá (MG), a petista deu entrevista a duas rádios locais antes de participar da inauguração de uma fábrica de transformadores de corrente elétrica.

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Ao ser indagada sobre o novo cenário eleitoral após a aliança entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e o resultado da pesquisa Datafolha que apontou que ela venceria em primeiro turno se os adversários forem o socialista e o senador Aécio Neves (PSDB), Dilma disse que, por ser presidente, a eleição ainda não a preocupa.

"Tudo o que as pessoas que estão pleiteando a Presidência da República querem é ser presidente. Eu sou presidente e, para mim, não é problema a eleição agora. A eleição vai ser uma questão que eu vou tratar oportunamente", respondeu.

Ricardo Stuckert-27.jul.13/Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (centro) entre sua mulher Marisa Letícia (esq.) e a presidente da República Dilma Rousseff
Ex-presidente Lula (centro) entre sua mulher Marisa Letícia (esq.) e a presidente da República Dilma Rousseff

A presidente "aconselhou" os adversários a se preparar para a disputa. "Acredito que, para as pessoas que querem concorrer ao cargo, elas têm de se preparar, estudar muito, ver quais são os problemas do Brasil e apresentar propostas. Eu passo o dia inteiro fazendo o quê? Governando."

Dilma disse que ainda não está definido quem serão os candidatos e que considera "todos os pleitos extremamente legítimos". "Agora, o meu problema é governar, não é ficar preocupada com quem vai ser candidato. Até porque há indefinições", declarou.

"Apesar de respeitar, de achar que ninguém pode subir no salto alto, o meu problema não é salto alto. É o seguinte: não dá para fazer as duas coisas, governar e me preocupar com eleição", concluiu.

Na inauguração, Dilma divide o palco com o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que deve disputar o governo estadual pelo PT em 2014, e o ministro da Agricultura, Antonio Andrade (PMDB).

Na porta da empresa, um pequeno grupo de sindicalistas da cidade fez um protesto dizendo que o governo Dilma "vira as costas para a classe trabalhadora". Eles integram um sindicato filiado à CSP-Conlutas, central ligado ao PSTU e ao PSOL.

Editoria de arte/Folhapress
Datafolha 12-10-2013

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