A mudança no indexador da dívida deve aumentar a capacidade da cidade de São Paulo de fazer empréstimos, dando à capital paulista a chance de trocar parte do passivo que tem com a União por uma dívida mais barata com bancos privados.
A porta foi aberta por Estados como Mato Grosso e Santa Catarina, e a cidade do Rio de Janeiro, que usaram a estratégia para comprometer menos seus orçamentos com a dívida.
No ano passado, Santa Catarina pegou R$ 1,5 bilhão com o Bank of America e repassou à União.
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Os juros do banco americano representam cerca de um terço dos cobrados pela União. A diferença gerou um ganho de cerca de R$ 500 milhões ao Estado neste ano, decisivo para investimentos que serão vitrine na eleição de 2014.
Na capital paulistana, o pedido de revisão da dívida atravessou governos. Na gestão passada, a prefeitura propôs ampliar o teto da dívida para tomar dinheiro emprestado e pagar a União. A negociação não prosperou. Em 2012, a capital pagou R$ 4 bi ao governo federal, mais do que investiu (R$ 3 bi).