Folha de S. Paulo


Ideli usa aeronave de resgate para visitar obras em Santa Catarina

A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) visitou obras e participou de inaugurações em Santa Catarina, sua base eleitoral, em um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal usado, entre outras coisas, para fazer atendimentos médicos.

Responsável pela articulação política do governo, Ideli usou cinco vezes a aeronave de 2012 a 2013 para inaugurar obras rodoviárias, lançar editais, inaugurar posto da PRF e se reunir com prefeitos. O caso foi revelado mesta segunda (7) pelo "Correio Braziliense".

O helicóptero é da PRF e tem convênio com o Samu em Santa Catarina -o órgão conta ainda com apoio de uma aeronave dos Bombeiros.

21.jan.2013/Reprodução
Ministra Ideli Salvatti e o helicóptero da Polícia Rodoviária
Ministra Ideli Salvatti e o helicóptero da Polícia Rodoviária

Ideli usou o helicóptero duas vezes em 2012 e três em 2013. Em 25 de janeiro deste ano, a ministra aproveitou a sexta-feira para cumprir agenda em seu Estado. Essa é uma das datas que constam nos registros da PRF como transporte da ministra. Naquele dia ela foi a Timbé do Sul para anuciar o edital de licitação de obras na BR-285.

"Tem uma instrução normativa da Polícia Rodoviária Federal que legaliza isso, que autoriza isso", disse Ideli: "Todas as utilizações foram autorizadas pela Polícia Rodoviária Federal. Portanto, não tem nenhuma ilegalidade. Outros ministros já utilizaram ou utilizam".

Segundo a assessoria de Ideli, "a ministra fez uso desta aeronave em cinco oportunidades, sempre em agendas oficiais, amparada pela Instrução Normativa da PRF". A assessoria diz que o helicóptero é multiuso e uma das atribuições é levar autoridades. A PRF tem 11 helicópteros.

A PRF diz que o uso dos helicópteros é feito conforme a demanda. Em 2008, cinco foram deslocados de outros Estados para apoiar Santa Catarina nas enchentes. Na segunda, o helicóptero de SC estava na Amazônia. Segundo a PRF, o helicóptero estava disponível quando Ideli solicitou e por isso o atendimento médico não foi afetado. Em 2013, 34% das horas de foram para atendimentos médicos e 9% para transportar pessoas.


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