Folha de S. Paulo


Governador da Bahia defende subsecretário que atirou para impedir invasão do MST

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), defendeu nesta quarta-feira (11) um funcionário de primeiro escalão de sua gestão que usou arma de fogo para dispersar integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que protestavam em um prédio do governo, em Salvador.

A atitude do subsecretário de Segurança Pública, Ari Pereira de Oliveira, foi considerada legítima por Wagner. "Não é razoável que a sede da Segurança Pública ou de qualquer outra secretaria seja invadida por uma porção de gente com foice, facão, enxada", afirmou Wagner à rádio Tudo FM, da capital baiana.

Subsecretário do governo Wagner atira para impedir invasão do MST em Salvador

Delegado de carreira, o subsecretário fez o disparo na manhã desta terça-feira (10), durante tentativa de invasão do prédio da secretaria por integrantes do MST.

Ninguém ficou ferido --o tiro atingiu uma vidraça. Oliveira é subsecretário da pasta desde o início do governo Wagner, em 2007.

Para o governador, "as pessoas não podem confundir democracia com baderna".

"Pode ter sido um ato limite do subsecretário, mas foi um ato para impedir que algo muito pior acontecesse, que seria a ocupação da Secretaria de Segurança por completo". O petista disse que o disparo foi "para intimidar e não se [deixar] concluir o processo de ocupação e invasão no prédio".

"Daqui a pouco, um integrante do movimento ia estar sentado na cadeira do secretário. Só me faltava essa", disse o governador, que começou carreira política dentro do sindicalismo.

Os sem-terra cobravam agilidade nas investigações sobre o assassinato, em abril deste ano, de um dirigente do MST no sudoeste baiano.


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