O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal divulgou nota nesta segunda-feira (9) cobrando do governo do DF uma investigação sobre a "repreensão" ao trabalho da imprensa por policiais militares durante os protestos do feriado do dia Sete de Setembro.
Para a entidade, a ação da PM foi similar à ditadura militar. "A repressão remete aos piores momentos da ditadura militar no Brasil. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, as entidades e os profissionais que lutam pela liberdade de expressão e de imprensa repudiam de forma veemente a ação da Política Militar do DF. Nada justifica as agressões, a utilização de gás de pimenta e gás lacrimogêneo ou mesmo o uso de cães para coibir diretamente a atividade de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas", diz a nota.
Número de prisões cresce com violência de protestos
O sindicato classificou ainda os atos da PM como "truculentos". "Parece claro que falta treinamento adequado e sobra sensação de impunidade".
A mensagem de repúdio do sindicato pede ainda uma CPI na Câmara Legislativa, investigação pelo Ministério Público e uma sindicância do governo do DF. "O sindicato e a sociedade exigem que seja realizada uma sindicância rigorosa sobre os episódios relatados por vários profissionais. É essencial que os responsáveis diretos pelas agressões sejam punidos, bem como seus superiores que autorizaram esse tipo de ação contra a imprensa e a população em geral".
O manifestante que faz as imagens pergunta no vídeo por que o capitão havia jogado o gás. "Porque eu quis. Pode ir lá e denunciar, tá bom? Capitão Bruno, BP Choque", respondeu o policial.