Folha de S. Paulo


STF mantém condenação de ex-dirigente do Banco Rural

O STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou por unanimidade o recurso apresentado pelo ex-dirigente do Banco Rural, Vinícius Samarane, e manteve sua condenação de oito anos e nove meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.

Em seu recurso, Samarane diz que suas penas foram muito elevadas para alguém que não possuía antecedentes criminais e teria tido uma participação menor no mensalão.

Para a defesa, Samarane teria pecado pela omissão, por ter deixado o esquema de lavagem de dinheiro e de gestão fraudulenta ter ocorrido no Rural, mas sem dele tomar parte. Os advogados alegam que seu cliente não teria concedido nem renovou os empréstimos do PT.

Em seu voto, Barbosa rejeitou os argumentos da defesa e considerou que a pena para o crime de lavagem de dinheiro, fixada em cinco anos e três meses, não poderia ser considerada alta, uma vez que a punição máxima pelo crime é de dez anos.

O mesmo aconteceu com o crime de gestão fraudulenta. Por ele, Samarane foi condenado a três anos e seis meses. A pena máxima para este delito é de 12 anos.

OUTROS DIRIGENTES

Mais cedo, o Supremo também rejeitou os recursos da dona do Banco Rural, Kátia Rabello, e do ex-vice-presidente, José Roberto Salgado. Ambos foram condenados a 16 anos e 8 meses de prisão. Enquanto a multa que Salgado recebeu foi de R$ 926 mil, a de Kátia foi fixada em R$ 1,5 milhão.


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