Folha de S. Paulo


'Mídia Gaysha' quer ser uma alternativa aos 'ninjas'

O sucesso do 'Mídia Ninja' na cobertura dos protestos já rendeu ao menos uma cria: ontem, três jovens autointituladas "Mídia Gaysha" também usavam o celular para transmitir as manifestações ao vivo via web.

Mas as semelhanças param aí. Enquanto os "ninjas" têm cabelo desgrenhado e usam roupas surradas, compartilhadas nas casas coletivas onde vivem, as "gayshas" preferem jeans justos, echarpes coloridas e não dispensam a maquiagem e o pente.

Fabiano Maisonnave/Folhapress
Integrantes da 'Mídia Gaysha' que cobriram os atos em SP
Integrantes da 'Mídia Gaysha' que cobriram os atos em SP

"É uma brincadeira com outra possibilidade", disse uma delas, que se identificaram apenas como irmãs Franzese. "A subjetividade existe em qualquer observador."

Ela defendeu uma cobertura "sem o monopólio de nenhuma mídia alternativa ou tradicional".

O grupo, explica, inclui homens e mulheres, entre designers, ativistas e artistas.

Ao ser questionada se vivem em casas coletivas como os "ninjas", a integrante do grupo respondeu que "vivo com a minha irmã": "Quem não é coletivo?"

Em sua estreia na cobertura das manifestações de rua, as "gayshas" ficaram bem longe da popularidade dos "ninjas".

A transmissão na internet, localizável por uma página no Facebook, não chegou a cem acessos por vídeo. No Twitter, tinha apenas 13 seguidores até ontem à noite.

Para comparação: o 'Mídia Ninja', que também cobriu ao vivo os protestos de ontem, acumula cerca de 19 mil seguidores no Twitter.


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