Folha de S. Paulo


Mesmo ocupada, Câmara do Rio deve abrir CPI dos Ônibus nesta quinta

Com manifestantes acampados dentro e fora do prédio da Câmara Municipal, a CPI dos Ônibus terá início nesta quinta-feira (15) sob pressão dos ativistas.

Os manifestantes estão insatisfeitos com a composição da CPI, que é formada em sua maioria por vereadores que votaram contra a criação da própria Comissão Parlamentar de Inquérito.
Ontem, uma reunião dos vereadores com o grupo de 11 manifestantes acampados no plenário da Câmara terminou sem acordo.

Eles pediam a renúncia dos quatro membros que eram contrários à investigação sobre o transporte público, entre eles o vereador Chiquinho Brazão, que acabou sendo eleito presidente da CPI.

"A comissão está constituída. Tem de funcionar. Se for reconhecida alguma ilegalidade, anulam-se todos os atos praticados. Mas o Poder Legislativo tem de exercer o seu papel. E vai exercer", disse Jorge Felippe, presidente da Câmara Municipal.

Os manifestantes criticaram a atitude do líder da Casa. "Ele [Jorge Felippe] fugiu do debate político. Dizia somente que estava dentro da legalidade", afirmou um dos integrantes do grupo, em entrevista após a reunião com o vereador.

O presidente da Câmara disse que iria tentar alterar o local da sessão de hoje, agendada para um salão da Casa com capacidade para menos de 20 pessoas -o que inviabilizaria a presença do público.


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