Folha de S. Paulo


Protesto contra tarifa reúne apenas cinco e vira panfletagem em Curitiba

Encabeçado pelo MPL (Movimento Passe Livre), um protesto contra o preço da tarifa de ônibus em Curitiba nesta quarta-feira (14) reuniu apenas cinco pessoas e acabou se tornando um ato de panfletagem devido à baixa adesão.

Apenas cinco integrantes do MPL estiveram na manifestação, convocada no domingo (11) pela internet. O ato ocorreu na Boca Maldita, no centro da cidade.

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O grupo decidiu então fazer panfletagem para convocar participantes para um próximo protesto, agendado para o dia 22.

Na ocasião, o MPL pretende pleitear a redução da passagem de ônibus na cidade, de R$ 2,70 para R$ 2,60, e defender a tarifa zero no transporte público.

O dia do ato coincide com a realização de um seminário na Câmara Municipal, em que será debatida proposta do prefeito Gustavo Fruet (PDT) de isentar trabalhadores do pagamento da passagem em todo o país.

Fruet, ex-deputado federal, apresentou ao governo, após os protestos de junho, a ideia de que empresários paguem integralmente o valor das passagens utilizadas por seus empregados, com a prerrogativa de abater o montante do Imposto de Renda. Isso depende de aprovação de lei no Congresso.

Para integrantes do MPL, a solução, chamada pejorativamente de "gratuismo", inviabilizaria o projeto da tarifa zero e beneficiaria apenas uma parcela da população. "Nossa proposta é uma minirreforma tributária, com imposto progressivo em relação à renda, a fim de bancar o transporte público gratuito para todos", diz um dos integrantes do movimento, que prefere não se identificar.

O MPL também prepara para hoje um protesto em São Paulo contra o cartel em licitações do transporte público paulista.

Em junho, os protestos em Curitiba chegaram a reunir 15 mil pessoas, e provocaram a redução da tarifa, de R$ 2,85 para R$ 2,70. Na época, os atos eram organizados pela Frente de Luta pelo Transporte de Curitiba, que não participou do ato de hoje.

Editoria de Arte/Folhapress

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