Folha de S. Paulo


Renan apoia Alves e sinaliza que não vai barrar o texto no Senado

Na contramão do que deseja o Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu ontem a aprovação da proposta que torna obrigatória a execução das emendas de deputados e senadores ao Orçamento da União.

Renan disse que a proposta --uma bandeira do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB)-- acaba com o "toma lá, dá cá" entre os Poderes.

Emendas serão divulgadas por audiências

"Tem que aguardar chegar da Câmara. Eu defendo. Acho que é momento para acabar com o toma lá, dá cá e tornar mais transparente a relação entre Executivo e Legislativo", afirmou Renan.

Henrique Alves ignorou os apelos do Planalto e começou a trabalhar pela aprovação da proposta, uma das que mais incomodam o governo na pauta atualmente em discussão no Congresso.

Na mesma linha, Renan sinalizou que não vai barrar a votação da matéria se ela for aprovada pela Câmara, o que deve ocorrer até o fim do mês.

Ontem Alves recuou e desistiu de colocar o texto em votação no plenário, remarcando para a próxima terça.

Pela legislação atual, cada parlamentar pode apresentar, anualmente, até R$ 15 milhões em emendas, mas nada obriga o governo a liberar dinheiro para esses projetos.

Pelo contrário, em geral elas são o alvo preferencial da equipe econômica do governo quando há necessidade de cortes no Orçamento.

Editoria de Arte/Folhapress

Endereço da página:

Links no texto: