O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) reconheceu neste domingo que houve falhas na infraestrutura da Jornada Mundial da Juventude, no Rio, e prometeu mais planejamento para evitar a repetição dos erros nos próximos grandes eventos.
Carvalho citou o transporte como o maior problema, pela falha no metro que provocou a interrupção do transporte por pouco mais de duas horas na tarde da abertura do evento, na terça-feira (23).
Ele considerou, contundo, ser impossível reunir uma multidão de 2 milhões a 3 milhões de pessoas sem registrar filas e aglomerações, repetindo declaração feita pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) nos últimos dias.
"Eu acho que a dificuldade maior se apresentou no transporte. Havia problemas de banheiros químicos, uma porção de falhas desse tipo, mas nem de longe apagaram o brilho e o sucesso da Jornada", afirmou.
Para o ministro, a visita do papa foi boa para o Brasil porque "trouxe um aspecto positivo" ao país, que, segundo ele, estava de "baixo astral", em meio aos protestos que tomaram as ruas nos últimos meses.
"A Jornada complementa as manifestações com um caráter importante de fraternidade e solidariedade que é necessário para você mudar o país também", afirmou.
| Julio César Guimarães 23.jul.13/UOL | ||
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| Queda de energia na estação Glória do metrô causa caos nos transportes na cidade no dia da abertura da Jornada Mundial da Juventude |
Carvalho classificou como excelente o discurso em que o papa fala para os jovens lutarem contra a corrupção e relacionou outra fala do pontífice com a necessidade de se fazer uma reforma política no país:
"Acho que o papa deu uma enorme lição em todos nós políticos, quando ele chega e entra num carro não blindado, que não é um carrão. Ele dá uma enorme lição que é importante todos descermos do pedestal, estarmos no meio do povo fazendo a política com serviço, vai na linha de uma reforma política que nós precisamos fazer no país".
SATISFEITA
Segundo o ministro, a presidente Dilma Rousseff elogiou o discurso feito pelo pontífice no Theatro Municipal, "onde falou mais voltado aos políticos". Acompanhada por Cristina Kirchner e Evo Morales, Dilma se encontrou com o papa Francisco neste domingo, pela manhã, após a missa de encerramento da Jornada, em Copacabana.
A presidente estava muito satisfeita, diz, por não ter havido nenhum problema com a segurança do papa. "Ela tinha muito receio da questão da segurança. Nós passamos um estresse muito grande antes com esse estilo do papa de se expor mais", afirmou.