Folha de S. Paulo


3,2 milhões de pessoas participam de missa final em Copacabana, diz Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio informou no começo da tarde deste domingo (28) que 3,2 milhões de pessoas participaram da missa final, celebrada na praia de Copacabana, na zona sul do Rio.

Antes de desembarcar no Forte de Copacabana, o helicóptero que transportava o pontífice sobrevoou o Cristo Redentor, que era um pontos do Rio que o papa queria conhecer. Ao desembarcar no Forte, o papa desfilou pela avenida Atlântica abençoando o público e beijando crianças até o palco principal, montado em Copacabana.

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A missa, conhecida como "Missa de Envio", encerra a Jornada Mundial da Juventude no Brasil. O líder religioso informou --durante oração do ângelus-- que a próxima edição da Jornada será realizada em Cracóvia (Polônia), em 2016. Será a segunda vez que a cidade vai sediar o evento da Jornada, a primeira foi em 1991.

"Peçamos a Nossa Senhora que também nos ajude a transmitir a alegria de Cristo aos nossos familiares, aos nossos companheiros, aos nossos amigos, a todas as pessoas. Nunca tenham medo de ser generosos com Cristo! Vale a pena! Sair e ir com coragem e generosidade, para que cada homem e cada mulher possa encontrar o Senhor", disse o pontífice.

Entre os peregrinos, chefes de Estado também participaram da celebração de Francisco. Entre eles, a presidente Dilma Rousseff, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, o presidente do Suriname, Desi Bouterse, e o presidente da Bolívia, Evo Morales.

No palco principal, montado nas areias de Copacabana, participaram cerca de 1.500 bispos (50 cardeais) e 12 mil sacerdotes. Entre os cardeais presentes estava Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vatricano, Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para Leigos, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, o presidente da CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil), dom Raymundo Damasceno Assis, e o presidente da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, João Braz de Avis.

Após a missa em Copacabana, o pontífice participa de um almoço com o séquito papal (grupo de religiosos que o acompanham durante a viagem). Entre os membros do séquito está o cardeal João Bráz de Avis, único brasileiro com funções na Cúria Romana.

Às 16 horas, Francisco faz um novo discurso durante o encontro com o comitê de coordenação do Celam (Conselho Episcopal Latinoamericano), no Centro de Estudos do Sumaré, onde está hospedado desde segunda-feira (22). O pontífice deixa residência papal durante a visita ao Brasil às 16h40.

De lá, o papa segue para Pavilhão do Rio Centro, onde se encontra com os voluntários da Jornada às 17h30, onde faz mais um discurso.

Às 18h30, a cerimônia de despedida da visita do papa ao Brasil acontece no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão). Às 19h, o pontífice volta para Roma.

MISSA

No início da cerimônia, dom Orani, arcebispo do Rio, saudou papa Francisco, agradecendo a visita do pontífice. "Ficará gravada para sempre a presença do Pai e Pastor junto à juventude do mundo, e o seu primeiro retorno à América Latina como primeiro papa latino-americano da história", disse.

"Queremos que os frutos desses dias auxiliem a formar uma Igreja cada vez mais presente entre os pobres, doentes, necessitados", disse o arcebispo.

Na homilia, alternando português e espanhol, o papa Francisco falou da missão do cristão sob três aspectos: "vão, sem medo, para servir". Ele começou destacando que a experiência da Jornada foi um momento para "experimentar a beleza de encontrar Jesus" e sentir "a alegria da fé". Ainda disse aos jovens para "transmitir esta experiência aos outros", completando: "a fé é uma chama que fica mais viva quando se compartilha".

Segundo Francisco, "compatilhar a experiencia da fé, dar testemunho da fé, anunciar o Evangelho () é um mandamento que nasce mas da força do amor. E que "Jesus sempre acompanha o cristão nesta missão de amor".

Depois da Comunhão, o cardeal Rylko, presidente do Pontifício Conselho para Leigos, organização do Vaticano responsável pela organização das Jornada, ressaltou que os jovens descobriram no papa Francisco um "amigo em que se pode confiar".

O cardeal ainda acrescentou que as palavras de Francisco estimularam os jovens a "sair de si mesmos para ir até as periferias existenciais do nosso mundo levando a boa nova, começando pelos pobres, os excluídos, os marginalizados".


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