Folha de S. Paulo


Mesmo com protestos, papa Francisco estará seguro no Rio, diz Paes

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, reconheceu nesta segunda-feira (22) que ocorrerão protestos em todos os lugares em que o papa Francisco passar pela cidade, mas que mesmo assim o pontífice poderá "fazer o que quiser". Paes enfatizou, porém, que o pontífice estará seguro em sua passagem pela cidade.

"O papa estará totalmente seguro. As manifestações são coisas normais. No momento, se tem uma cidade tomada por jovens [da Jornada] e o que temos visto são cenas bonitas nas ruas. Se tiver manifestação, é normal. Não há lugar que o papa vá que não haja manifestação", disse.

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Assim como avaliou o governador do Rio, Sergio Cabral na sexta-feira (19), o prefeito disse acreditar que a figura do papa é carismática e não inspirará protestos violentos nas ruas do Rio.

Paes voltou a afirma que o papa Francisco poderá "fazer o que quiser" quando estiver circulando pela cidade. Paes afirmou que a prefeitura sabe que o líder religioso costuma quebrar o protocolo e não o impedirá de fazê-lo, desde que dentro dos limites de segurança.

"Em uma visita de um chefe de estado da importância dele, é natural que se estabeleçam algumas regras. Mas o papa não parece disposto a respeitar regras e vai pode fazer o que quiser. A cidade vai criar todas as condições para que o papa circule à vontade", afirmou Paes após pronunciamento no centro de mídia da Jornada Mundial da Juventude, instalado no Forte de Copacabana, no bairro de mesmo nome na zona sul do Rio.

Acompanhado do arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, Paes deu as boas-vindas à imprensa estrangeira. O prefeito destacou que a Jornada é o terceiro evento internacional que ocorre na cidade nos últimos 12 meses: a Rio+20, em julho do ano passado, a Copa das Confederações, em junho último, e agora a Jornada.

O prefeito reconheceu que o desafio de logística da Jornada é o maior de todos. "Em eventos como esse, a cidade fica muito exposta, tanto no que ela tem de melhor quanto nos seus problemas".

A fala de dom Orani também foi na direção do esforço para acolher o pontífice e os peregrinos da melhor maneira possível. Segundo Orani, o papa chega ao Rio como o primeiro peregrino da Jornada. O esforço para acolhê-lo será o mesmo para os demais peregrinos, disse o arcebispo. "O papa está chegando para dar a mão a todas as pessoas que, como ele, acreditam em um mundo mais justo."

Sem dizer a palavra protesto, Orani fez uma referência às manifestações, ao dizer que mesmo com "os acontecimentos que intercorreram no último mês", a crença da Igreja é que a acolhida ocorra da melhor maneira possível.

"A Jornada está sendo organizada há dois anos e mesmo com alguns acontecimentos que intercorreram no país, nossa disposição de fazer o melhor, de acolher a todos, continua com o mesmo ardor", afirmou Orani.


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