Folha de S. Paulo


Cabral diz que atos de vandalismo no Rio são 'afronta' ao Estado Democrático

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou nesta quinta-feira (18) em nota distribuída à imprensa que "os atos de vandalismo na madrugada nos bairros do Leblon e de Ipanema são uma afronta ao Estado Democrático de Direito".

Na nota, Cabral diz que o governo "reitera a sua posição de garantir, através das forças de Segurança Pública, não só o direito à livre manifestação, como também o direito de ir e vir e à proteção ao patrimônio público e privado."

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A nota foi emitida depois de reunião de emergência convocada pelo governador com a cúpula da segurança do Rio. Cabral não participou da entrevista coletiva concedida pelos demais presentes à reunião.

REUNIÃO DE EMERGÊNCIA

Sérgio Cabral convocou uma reunião de emergência com a cúpula da Secretaria da Segurança Pública, chefes das polícias Civil e Militar e secretários de Estado.

Participaram do encontro o secretário da Segurança Pública José Mariano Beltrame, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, o comandante da Polícia Militar, Coronel Erir da Costa Filho, além do secretários da Casa Civil, Regis Fichtner, e de Governo, Wilson Carlos Carvalho.

Ontem à noite, um protesto realizado perto da casa do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), terminou em confronto com a polícia, saques e depredações.

Cerca de 200 pessoas participaram da manifestação, nas esquinas da avenida Delfim Moreira com a rua Aristídes Espínola, no Leblon, quando parte do grupo se desentendeu com a polícia --alguns manifestantes usavam máscaras.

Bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta foram lançados contra o grupo. Manifestantes também lançaram artefatos explosivos de fabricação caseira. Alguns deles foram dispersados pela polícia com jatos de água.

Lojas e agências bancárias foram depredadas e tiveram vidros quebrados. Lojas foram saqueadas. Os manifestantes também colocaram fogo em lixo, fazendo pequenas barricadas.

Um dos prédios administrativos da TV Globo, que fica no Leblon, também teve os vidros quebrados e um rojão foi jogado na portaria, o que provocou muita fumaça.

Em nota, a TV Globo informou que as "vidraças da portaria de um dos prédios administrativos da emissora foram quebradas por pedras atiradas por um pequeno grupo de manifestantes mascarados".

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