Folha de S. Paulo


Ataques e depredações revoltam moradores do Leblon, no Rio

Moradores do Leblon, na zona sul do Rio, criticaram na manhã desta quinta-feira (18) a ação de vândalos que depredaram lojas, bancos e vidros de prédios do bairro ao fim de um protesto que começou no final da tarde de ontem.

Revoltados com o que viam, moradores do bairro formavam rodas de conversa nas esquinas das ruas. Adriana Azevedo, 48, observava admirada uma das lojas destruídas pelos vândalos. "Eu sou a favor da manifestação. Só não sou a favor do vandalismo", disse.

Madrugada de caos assusta moradores da zona sul do Rio
Após protesto, Cabral convoca reunião de emergência no Rio

"São bandidos. O que os bancos, os donos dessas lojas, dos bares têm a ver com isso? A polícia tem que pegar e prender esses caras. É triste", acrescentou a moradora.

Para outros moradores, as ações violentas foram orquestradas por grupos políticos. "Não são vândalos. É partido político infiltrando uma rapaziada para derrubar o governo. Não sou favorável ao governador Sérgio Cabral, mas acredito que seja jogo político", afirmou a empresária Vanda Pires, 65, que mora há 43 anos na região.

Para a estudante Caroline Endedo, 24, nascida e criada no bairro, o peemedebista deveria deixar o Leblon. Ela diz que Cabral tem que morar no Palácio Laranjeiras, sede oficial do governo do Estado.

"A situação fica cada vez pior. O Leblon está pagando por ele morar aqui", lamentou.

Uma loja de roupas foi destruída e teve todo o seu estoque saqueado, na avenida Ataulfo de Paiva, uma das vias mais movimentadas da região, esquina com Aristídes Espínola, onde fica a casa do governador. Até os manequins da vitrine foram depredados.


Endereço da página:

Links no texto: