Folha de S. Paulo


70% dos fundadores da Rede defendem união gay e legalização da maconha, diz Marina

A ex-senadora Marina Silva afirmou nesta quarta-feira (17) que "pelo menos 70%" da Rede, partido que tenta criar, é favorável à descriminalização do aborto, à legalização da maconha e à união civil entre pessoas do mesmo sexo.

"Do ponto de vista dos temas levantados --maconha, aborto e dos temas de comportamento-- a Rede tem mais ou menos 350 fundadores, eu posso te dizer que pelo menos 70% deles são a favor dessas bandeiras que estão aqui. A favor literalmente falando", afirmou Marina, ao ser questionada sobre os temas pela plateia de um debate em São Paulo.

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Evangélica, Marina defende a extensão dos direitos civis a casais homossexuais. Na campanha pela Presidência em 2010, defendeu a realização de plebiscitos sobre a descriminalização do aborto e da maconha.

Ontem, a ex-senadora afirmou ainda que a porcentagem dos favoráveis às bandeiras deve se repetir em outras instâncias do partido, como a direção nacional e o colegiado executivo.

"O que tem aqui dentro da Rede é a tolerância com aqueles que têm um pensamento diferente. E que não concordam que seja porque sejam conservadores. É porque são pontos de vista que envolvem aspectos filosóficos, morais, religiosos, de várias naturezas, que faz parte da diversidade."

Ela elencou ainda como pontos que unem os militantes da Rede o "respeito à diferença", "a questão da sustentabilidade" e "a busca por uma nova ferramenta que seja capaz de dialogar com essas mudanças que estão acontecendo".

"E a Rede tem uma conformação que antes das manifestações já buscava esses caminhos e agora tem muito mais razão, porque aquilo que era apenas uma intuição agora se revela algo que de fato tem um rebatimento na realidade", concluiu.


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