Folha de S. Paulo


Oposição a Sérgio Cabral lidera corrida pelo governo do Rio

Os pré-candidatos de oposição ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), lideram os dois cenários da primeira pesquisa de intenção de voto feita pelo Datafolha para a sucessão no Estado, que ocorre no ano que vem.

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No primeiro cenário, o senador Lindbergh Farias (PT), com 17%, o deputado e ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM), ambos com 15%, estão à frente, empatados tecnicamente.

Candidato de Cabral, o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) aparece no segundo grupo com 8%, mesmo percentual do deputado federal Romário (PSB) e tecnicamente empatado com o também deputado federal Miro Teixeira (PDT), com 6%.

Em 2010, o PT apoiou a reeleição de Cabral, que agora pressiona a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula a interferirem no processo estadual para reeditarem a aliança entre PMDB e PT.

Peemedebistas ameaçam não apoiar a reeleição de Dilma se o PT mantiver a candidatura de Lindbergh.

O senador petista começa a corrida eleitoral com vantagem de nove pontos sobre Pezão. Nesse cenário declararam votar branco ou nulo 23% dos entrevistados e 7% dizem não ter preferência.

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress

No cenário sem as candidaturas de Lindbergh e Romário --preferido pelo PMDB--, a posição de Pezão pouco se altera. O vice-governador segue no segundo bloco, com 12%, empatado tecnicamente com Miro (9%). Garotinho e Maia lideram com 20%.

Nesse caso, cresce para 31% os que declararam votar em branco ou nulo, enquanto 8% afirmaram estar indecisos.

A pesquisa foi realizada em 27 e 28 de junho, após a série de protestos que abalaram a avaliação dos governantes no país. No caso de Cabral, os que o avaliam como ruim e péssimo são 36%. Ele é considerado ótimo e bom por 25%.

Na pesquisa espontânea --na qual o entrevistado diz em quem vai votar sem que lhe sejam apresentadas opções--, o nome mais mencionado foi Sérgio Cabral (6%), que está em segundo mandato e não poderá se candidatar.

O Datafolha ouviu 1.108 pessoas e a margem de erro é de dois pontos percentuais. (ÍTALO NOGUEIRA)


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