Folha de S. Paulo


Vantagem de governador diminui em SP

A onda de protestos populares que começou em São Paulo pela redução das tarifas do transporte diminuiu a vantagem do governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre seus potenciais rivais na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014, segundo pesquisa Datafolha.

O tucano, que pretende se candidatar à reeleição, caiu nos quatro cenários investigados pelo instituto.

Conforme os adversários colocados no cartão da pesquisa, a queda do governador oscila de 8 a 13 pontos percentuais.

Apesar disso, não há um adversário de Alckmin que tenha crescido de forma expressiva durante as semanas de manifestações.

O que aumentou de forma notável foi o contingente de eleitores dispostos a votar em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos.

Na pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira passada, Alckmin obteve 40% das intenções de voto no cenário em que disputa contra o petista Alexandre Padilha, atual ministro da Saúde.
Esse índice ainda lhe garantiria a vitória no primeiro turno da eleição.

Mas, três semanas antes, o governador tinha 52% na mesma simulação.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (PMDB), aparece em segundo, com 19%. Na pesquisa anterior ele tinha 16%.

Essa movimentação de Skaf entre os dois levantamentos, porém, não pode ser considerada um avanço significativo, já que está dentro da margem de erro de ambas as pesquisas, dois pontos para mais ou para menos.

O ex-prefeito da capital Gilberto Kassab (PSD) foi de 9% para 6% no mesmo cenário. Padilha, que recentemente transferiu seu título de eleitor de Santarém (PA) para São Paulo com vistas ao pleito, oscilou de 3% para 4%.

Nas simulações com os petistas Aloizio Mercadante, ministro da Educação, e José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, os resultados são parecidos.

Alckmin cai 12 e 13 pontos, respectivamente, mas os petistas não conseguem evoluir. Mercadante alcança 10% (ele tinha 11% antes) e Cardozo fica com os mesmos 5% do levantamento anterior.

LULA

O Datafolha também pesquisou um cenário em que o candidato do PT é o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar de ser o que chega mais perto de Alckmin (22% ante 34% do governador, o que resultaria num segundo turno), Lula aparece com quatro pontos a menos na comparação com o levantamento anterior.

A candidatura do ex-presidente ao governo paulista, contudo, é vista como improvável pelos petistas.

Nos dias 27 e 28 de junho, o Datafolha fez 1.723 entrevistas em 44 municípios do Estado de São Paulo. (RICARDO MENDONÇA)

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress

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