Folha de S. Paulo


A manifestantes, presidente da Câmara diz que vai trabalhar para enterrar 'cura gay'

Em conversa com representantes de movimentos que tomam as ruas do país, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se comprometeu nesta quarta-feira (26) a trabalhar para "enterrar" o projeto conhecido como "cura gay".

Essa é uma das principais demandas dos protestos que ocorrem em vários Estados. No encontro, Eduardo Alves afirmou que a derrubada do projeto que permite aos psicólogos oferecerem tratamento a homossexualidade não depende dele, mas que vai movimentar a Casa nesse sentido.

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A "cura gay" foi aprovada na semana passada pela Comissão de Direitos Humanos sob o comando do deputado Marco Feliciano (PSC-SP). O projeto precisa passar ainda pelas comissões de Seguridade Social e Constituição e Justiça.

Alguns líderes estão recolhendo assinaturas para levar o projeto diretamente para votação em plenário. A ideia encontra resistência de lideres alinhados com as bancadas religiosas e do próprio Feliciano que passou a procurar colegas e pedir apoio contra a manobra.

O presidente da Câmara, no entanto, explicou que não pode assumir o compromisso de tirar Feliciano do comando da comissão nem pressionar para que as representações contra ele por quebra de decoro parlamentar sejam aceleradas na Casa.

Eduardo Alves recebeu um grupo de 20 representantes dos movimentos. A reunião ocorre minutos antes do início da chegada de centenas de manifestantes no gramado central do Congresso.

Foram recebidos representantes da da chamada Marcha do Vinagre e de grupos como Juntos, Marcha contra Corrupção, Acorda Brasil e Anel. Representantes do governo do Distrito Federal também estavam na reunião.

Eles entregaram uma carta de reivindicações, com 10 propostas, entre elas o arquivamento do projeto que transforma manifestação em ato terrorista durante os grandes eventos esportivos, aprovação do projeto que transforma corrupção em crime hediondo, fim do voto secreto, mais investimentos para saúde e fim do foro privilegiado.

O presidente da Câmara se comprometeu a realizar uma nova reunião com os manifestantes em agosto para avaliar o andamento das demandas.


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