Folha de S. Paulo


Dilma usou critério técnico para escolha de substitutos no TSE, afirma Planalto

O Palácio do Planalto sustenta que os critérios da presidente Dilma Rousseff para escolha dos ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) são o "notório saber jurídico" e a "idoneidade moral".

A presidente Dilma Rousseff nomeou ontem o advogado Admar Gonzaga como ministro-substituto do TSE. Com a escolha, a petista instala na corte que conduzirá o processo eleitoral de 2014, durante o qual tentará novo mandato, os dois principais integrantes de seu núcleo jurídico na vitoriosa campanha de 2010.

Além de Gonzaga, responsável pela defesa da petista em longas sessões no tribunal durante a disputa presidencial, Dilma contava com a assessoria da advogada Luciana Lóssio, também indicada pela presidente à corte, onde foi efetivada em fevereiro.

Em nota enviada à Folha, o governo afirma que não há inconveniente ético no fato de Dilma indicar para a corte advogados que atuaram em sua campanha, casos de Admar Gonzaga e Luciana Lóssio.

"Inexiste qualquer inconveniente ético na escolha de juristas que já advogaram para qualquer partido político. É comum que juristas que militam no direito eleitoral advoguem para diferentes agremiações partidárias", afirma a nota da Secretaria de Imprensa da Presidência.

"Os juristas escolhidos contam com larga experiência na advocacia eleitoral, tendo representado clientes das mais diversas matizes partidárias, nas campanhas eleitorais em que trabalharam", diz o texto.

A assessoria de Dilma afirma ainda que, além de Gonzaga e Lóssio, a presidente nomeou para o TSE o jurista Henrique Neves.

Sérgio Lima - 26.fev.2013/Folhapress/Nelson Jr. - 31.mar.2008/ASICS/TSE
A ministra Luciana Lóssio, escolhida por Dilma em 2011 (à esq) e o advogado Admar Gonzaga, recém-nomeado para o TSE
A ministra Luciana Lóssio, escolhida por Dilma em 2011 (à esq), e o advogado Admar Gonzaga, recém-nomeado para o TSE

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