Folha de S. Paulo


Se fosse da oposição torceria por queda de popularidade de Dilma, diz Cardozo

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) provocou a oposição nesta quarta-feira (12) e disse que se fosse oposicionista também "estaria torcendo por uma quedinha [na popularidade] aqui para dar esperança".

Pesquisa divulgada pelo Datafolha no fim de semana mostrou que a aprovação ao governo Dilma caiu de 65% para 57% em dois meses e meio. Suas intenções de voto caíram de 58% para 51% no cenário mais provável para as eleições do próximo ano.

Para a oposição, o levantamento indica que pode haver segundo turno nas eleições de 2014. Apontado como consultor político da presidente Dilma Rousseff, Cardozo minimizou a oscilação e disse que ainda é cedo para avaliar cenários.

Pedro Ladeira-12.jun.13/Folhapress
Ministro José Eduardo Cardozo(Justiça) provocou a oposição ao dizer que se fosse oposicionista também torceria por queda de popularidade de Dilma
José Eduardo Cardozo provocou a oposição ao dizer que se fosse oposicionista torceria por queda de popularidade de Dilma

"Eu estaria preocupado se tivesse que enfrentar um governo com essa popularidade e estaria torcendo por uma quedinha aqui dar uma esperança. É natural que no nível de popularidade tão alto da presidente Dilma Rousseff a oposição comemore uma oscilação", afirmou após encontro com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Cardozo disse que a pesquisa não muda a atuação do Planalto. O governo vem colecionando uma sequência de más notícias, como o pessimismo na economia --que levou o Banco Central a intensificar a alta de juros para frear a inflação--, os conflitos com grupos indígenas e o tumulto criado por boatos sobre o fim do programa Bolsa Família.

"O importante que o governo segue trabalhando, trabalhando bem. O Brasil tem uma situação nos últimos 12 anos que é invejável e isso preocupa a oposição. A tendência é que o governo continue com a mesma linha, que o Brasil continue a crescer, a economia permaneça estável e acho que a oposição vai ter dificuldade", completou.


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