Folha de S. Paulo


Thomaz Bastos acusa Ministério Público de buscar casos "midiáticos"

O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos afirmou nesta sexta-feira (24) que o Ministério Público é seletivo ao abrir inquéritos criminais porque seus membros preferem casos com grande repercussão.

"O objetivo do Ministério Público é selecionar casos, os que dão mídia, dão glória, saem no 'Jornal Nacional'. Não querem amassar barro", afirmou o advogado.

Agentes da PF, juízes e movimento negro apoiam ato contra a PEC 37

Nelson Jr. - 8.ago.2012./Divulgação/SCO/STF
Thomaz Bastos, durante julgamento do mensalão
Thomaz Bastos, durante julgamento do mensalão

Thomaz Bastos participou de seminário realizado pela Polícia Federal para discutir a PEC 37, proposta de emenda constitucional que impede promotores de abrir inquéritos criminais. A PF é um das principais defensoras da proposta.

O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Coimbra, participou do evento.

Na avaliação do ex-ministro, a PEC é justamente uma reação ao "número absurdo de procedimentos de investigação criminal que surgiram no Brasil".

De acordo com ele, os promotores abrem uma investigação "que começa dos culpados e vai adiante até que se consegue comprovar suficientemente" um crime.

Em um discurso duro, Thomaz Bastos ainda declarou que "chamar isso de PEC da Impunidade [nome dado aos grupos contrários à proposta] é jogo retórico, se não for uma bobagem."


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