Folha de S. Paulo


Lula diz que imprensa afugenta investidores estrangeiros

Diante de uma plateia de simpatizantes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta segunda-feira (13) que participará da campanha presidencial do ano que vem e disse que, para a imprensa brasileira, o "país parou".

"Podem ficar certos de que eu estarei ativo nas eleições, sou cabo eleitoral, estarei 24 horas por dia na rua", disse o ex-presidente, no lançamento do livro "10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma", organizado pelo sociólogo Emir Sader.

Jorge Araujo/Folhapress
Lula participa de lançamento de livro em São Paulo
Lula participa de lançamento de livro em São Paulo

O petista afirmou que a imprensa brasileira afugenta investimentos estrangeiros ao apresentar o país de forma negativa e criticou reportagem da Folha que revelou viagens suas ao exterior pagas por empreiteiras

"Tem um jornal que está tentando agora me transformar num lobista. Não é fantástico? "Não sou lobista, não sou conferencista, não sou consultor", disse Lula.

"Cobro caro e não digo quanto cobro. Se quiserem saber quanto eu cobro, me contratem", completou, em referência a palestras que faz.

Em março, a Folha revelou que, desde que deixou o poder, Lula fez 13 viagens pagas por empreiteiras a países da África e da América do Sul.

Segundo fontes do mercado, uma palestra de Lula no exterior pode custar R$ 300 mil, excluídos outros gastos.

Falando sobre o fim da União Soviética, Lula arrancou risadas ao dizer que, nos anos 1980, Mikhail Gorbachev "tinha uma mancha na testa, e a [apresentadora] Angélica tinha na perna".

O evento reuniu cerca de mil pessoas no Centro Cultural São Paulo. Além de Lula, falaram Sader, a filósofa Marilena Chaui, e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann.


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