"Não existe plano B para fazer o que o país precisa. O que pode acontecer é perder uma chance de fazer isso de uma forma mais moderna, talvez você vá fazer de uma forma mais adversa", disse o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, nesta sexta-feira (10), sobre a dificuldade do governo federal para aprovar a reforma dos portos no Congresso.
A EPL é a estatal criada pelo governo federal em 2011 para o setor de logística.
Governo pode fazer reforma dos portos por decreto
Dilma cobra Congresso para agilizar votação de MP dos Portos
Andre Borges - 29.ago.2012/Folhapress |
Bernardo Figueiredo, presidente da EPL, durante entrevista |
A votação da media provisória 595/2012, que institui um novo marco regulatório para o setor portuário, enfrenta resistência no Congresso.
O governo insiste para que ela seja votada antes da próxima segunda-feira (13), quando perde a validade, mas já avalia suas alternativas.
De acordo o presidente da EPL, sem a MP os investimentos serão mais restritos, mas podem ser feitos por vias administrativas, como por meio de decretos.
"Do mesmo jeito que não posso abrir mão de fazer rodovia e ferrovia, não posso deixar de ampliar a capacidade portuária", afirmou Figueiredo.
O dirigente defendeu a MP dos Portos e disse que criar dificuldades para sua aprovação "não é uma atitude edificante."
Ele garantiu que o governo vai fazer a "expansão portuária com MP ou sem MP".