Folha de S. Paulo


UNE quer encontrar restos mortais de dirigente desaparecido na ditadura

A UNE (União Nacional dos Estudantes) lançará no próximo dia 31 uma campanha para encontrar os restos mortais de Honestino Guimarães, presidente da entidade que desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985).

A campanha será lançada durante o 53º Congresso da UNE, que ocorrerá em Goiânia (GO).

A ideia é mobilizar pessoas que possam contribuir com informações e pressionar por investigações do governo e da Comissão Nacional da Verdade --que apura as violações ocorridas na ditadura.

Hoje, a entidade estudantil opera uma Comissão da Verdade própria.

Honestino iniciou sua trajetória no movimento estudantil como aluno da UnB (Universidade de Brasília) na década de 1960. Passou a ser perseguido pelo regime, caiu na clandestinidade, foi preso quatro vezes, eleito presidente da UNE e desapareceu em outubro de 1973.

Sua morte e a responsabilidade do Estado brasileiro foram reconhecidas pela Comissão de Mortos e Desaparecidos.

Durante o Congresso da UNE, a Comissão da Anistia do Ministério da Justiça deve também julgar casos de dirigentes da entidade perseguidos pelo regime. Dentre eles deve estar o caso de Honestino, representado pela família.


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