Líder do governo na Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) nega que o projeto de lei que inibe a criação de novos partidos políticos tenha sido patrocinado pelo Planalto para favorecer a presidente Dilma Rousseff em 2014.
A proposta, no entanto, já foi defendida por um dos principais ministros de Dilma, o petista Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral).
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"Não é questão de governo ou de oposição. São os partidos brigando por fundo partidário e tempo de rádio e televisão. É um jogo de cúpulas focado na eleição. Não consigo extrapolar a questão para além dos limites partidários", afirmou Chinaglia.
Prejudicados pela medida, aliados de Marina Silva acusam o governo de sufocar a oposição.
"É o projeto com pegada autoritária mais evidente", afirma o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), que integra a Executiva provisória da Rede, partido que Marina tenta criar.
Feldman chegou a chamar a emenda que reduz ainda mais o tempo de televisão de partidos sem bancada de "condenação da Rede à pena de morte".
O deputado Beto Albuquerque, líder do PSB, também diz ver o "peso do governo" no projeto. "Todo ele é casuístico."