Folha de S. Paulo


Na TV, Campos critica governo e diz que vai dar 'passo adiante'

Estrela da propaganda partidária que vai ao ar na noite desta quinta-feira (25) em rede nacional, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, ataca no programa o governo Dilma Rousseff e diz que seu partido é quem vai dar o "passo adiante" que o "Brasil precisa".

"Temos um Estado antigo que ainda traz as marcas do atraso e do elitismo", afirma Campos na peça que irá ao ar às 20h30.

"Ou avançamos agora ou corremos o risco de regredir nas conquistas do nosso povo", diz ele.

Na peça de dez minutos, o PSB lembra da luta pelas eleições diretas, que permitiram "qualquer brasileiro se candidatar legitimamente a esse cargo". Campos, que faz parte da base aliada de Dilma, é cotado para disputar a Presidência em 2014.

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O PSB lembra no vídeo da luta pelas eleições diretas, que permitiram "qualquer brasileiro se candidatar legitimamente a esse cargo".

À Dilma, ele refere-se apenas como "a primeira mulher presidente da República". Antes de ter seu nome cotado para enfrentar a petista na disputa pela Presidência da República, Campos referia-se a ela como "presidenta", forma que mais a agrada.

Além de Campos, aparecem no vídeo o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg, e o líder do partido na Câmara, Beto Albuquerque. O governador do Ceará, Cid Gomes, um dos principais nomes do PSB, sequer é citado. Cid, assim como seu irmão Ciro Gomes, são contra a candidatura de Eduardo Campos à Presidência.

A propaganda mostra os problemas enfrentados pelo governo nas áreas de educação, saúde, energia e produção agrícola e diz que "mudanças fundamentais" como as reformas fiscal e política "continuam sendo adiadas".

Campos traz também para seu partido o mérito de retirar 20 milhões de pessoas da pobreza extrema, uma das principais vitrines do governo petista. O combate à miséria, no entanto, é alvo de crítica da peça publicitária que defende que "é possível fazer mais".

"Tiramos 20 milhões de brasileiros da pobreza, mas nos arredores do Distrito Federal, no Vale do Jequitinhonha, no semiárido, no Vale do Ribeira, temos um país que ainda não chegou ao século 21", diz o locutor.

Na defesa de um novo pacto federativo, Campos apresenta Estados e municípios como vítimas de subfinanciamento do governo federal. "A verdade é que faltam recursos aos Estados e municípios. Um dinheiro que hoje está mais concentrado nos cofres da União", afirma o governador.

Campos afirma ainda que um governante "não pode ser nunca o dono da verdade". E diz que o PSB "defende as suas alianças", mas é crítico "quando a crítica é necessária".

O governador também ataca o que chamou de "velha política" de interesses "instalados na máquina pública".

"Cargo público tem que ser ocupado por quem tem capacidade, mérito, sobretudo espírito de liderança, e não por um incompetente que é nomeado somente porque tem um padrinho político forte", afirma.

Ele diz ainda que essas discussões devem ser feitas sem que se transformem em um "debate eleitoral". "Esta não é a hora de montar palanques. Esta é a hora de montar canteiros de obras", finaliza.


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