Folha de S. Paulo


Cabral e Beltrame dizem que é cedo para falar sobre vice na chapa de Pezão

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmaram nesta quarta-feira (24) ser "muito cedo" para se posicionar sobre o candidato a vice na chapa de Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao governo do Estado.

O presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, afirmou que Beltrame aceitara convite de Cabral para compor a chapa. O secretário não confirmou, mas não descartou a hipótese.

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"Só penso em segurança e é o que vou fazer até 2014. Minha energia toda está para a segurança pública. Sou secretário de Segurança, vivo isso muitas horas do meu dia e segurança é meu foco", disse ele, após premiação de policiais por cumprimento de metas.

O nome de Beltrame é considerado importante por peemedebistas para alavancar Pezão, escolhido para liderar a chapa na disputa em 2014.

No governo desde 2007, ele mantém seu título de eleitor registrado em Santa Maria (RS) e não é filiado a partidos políticos. Para candidatar-se, precisa transferir o domicílio eleitoral até outubro.

Cabral elogiou o secretário, mas evitou comentar a eventual chapa. Para ele, "falar em eleição em ano ímpar não tem cabimento".

O governador negou mal-estar com a declaração de Picciani. "O presidente de um partido tem que trazer essas discussões à tona. É papel dele. Isso é normal. Os presidentes de partido discutem política. Nós temos que cuidar de governar o Estado. É uma coisa bem salutar o partido ter sua vida própria, e o governo a sua vida", disse Cabral.

Ele voltou a defender, de forma indireta, que o senador Lindbergh Farias (PT) abra mão da candidatura para apoiar Pezão.

O PMDB do Rio ameaça não fazer campanha para a presidente Dilma Roussef em 2014 caso o PT insista em manter-se na disputa.

"Essa aliança do PT e do PMDB em nível estadual e nacional tem feito muito bem ao Brasil e ao Estado. Com todas as contradições que ela tem, e com todas as consequências de, muitas vezes, projetos pessoais ficarem subordinados a esse conceito maior da aliança."

Dilma estará no Rio no fim de semana para reinauguração do estádio do Maracanã.

Ela também anunciará investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) com gasto total de R$ 2,6 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão do governo federal. Grande parte dos recursos será usada em obras em favelas, como Rocinha e Jacarezinho.


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