Folha de S. Paulo


Ministra diz que Marco Feliciano incita ódio e violência

A ministra Maria do Rosário (Secretaria dos Direitos Humanos) disse nesta segunda-feira (8) que as falas do presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), incitam o ódio e a violência.

A ministra também cobrou do comando da Câmara e do Ministério Público Federal uma ação contra o deputado.

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Andre Borges-11.out.12/Folhapress
Maria do Rosário, ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
Maria do Rosário, ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência

Há mais de um mês Feliciano é alvo de protestos de movimentos sociais que o acusam de racismo e homofobia e pedem sua saída do posto.

Segundo Maria do Rosário, o país tem como grande conquista dos direitos humanos e da democracia a convivência entre os diferentes.

"É lamentável que a cada dia nos deparamos com mais um pronunciamento, mais uma intervenção que incita o ódio, o preconceito que já ultrapassa as barreiras da comissão na Câmara e diz respeito a todos nós brasileiros e brasileiras", disse.

Para a ministra, o fato de ser uma autoridade não blinda Feliciano. "Eu faria um alerta: de que não tenhamos intolerância, que tenhamos respeito, a Câmara certamente encontrará uma solução ou o próprio Ministério Público porque incitar a violência e o ódio é atitude ilegal, inconstitucional e as autoridades também estão sujeitas as autoridades da lei".

Maria do Rosário visitou nesta segunda-feira uma exposição no Congresso que retrata o holocausto que levou ao genocídio de seis milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A ministra disse que intolerância e o ódio provocaram o holocausto e que não há espaço no Brasil para essas posições.

"Estamos vendo essa exposição sobre holocausto, o resultado do ódio, intolerância, desrespeito humano. No Brasil não devemos ter espaço para isso", disse.


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