Folha de S. Paulo


Cruzeiro dispara na liderança e divide atenções com STF no Twitter

O Cruzeiro abriu sete pontos de vantagem sobre o Botafogo, segundo colocado do Campeonato Brasileiro, ao golear o time carioca por 3 a 0 na noite desta quarta-feira (19).

A vitória do clube mineiro, que reforçou seu favoritismo no início do segundo turno da competição, é um dos assuntos mais comentados do dia no Twitter, ao lado do resultado do julgamento no qual o STF decidiu que 12 réus do mensalão terão direito a rever parte de suas condenações.

Washington Alves - 18.set.2013/Divulgação/Vipcomm
Ricardo Goulart, atacante do Cruzeiro, durante jogo com o Botafogo
Ricardo Goulart, atacante do Cruzeiro, durante jogo com o Botafogo

Com a disparada na liderança, cruzeirenses e torcedores de outros clubes já começam a discutir se o terceiro título brasileiro já está à caminho da Toca da Raposa.

"Em 2003, o Cruzeiro terminou o campeonato 13 pontos à frente e só conseguiu uma diferença de oito pontos para o vice (Santos) na 33° Rodada", disse Pedro Faleiros (@Pedro_Faleiros), comparando a campanha atual com o título mineiro no primeiro campeonato da nova era dos pontos corridos.

Por outro lado, há quem questione o "já ganhou". "Tem gente dizendo que o campeonato tá muito fácil pro Cruzeiro. Como se ganhar oito jogos fosse fácil", tuitou Guilherme Amaral (@amaral83).

Outros preferiram apenas comemorar a liderança isolada. "Crise no Cruzeiro. O time não consegue subir na tabela. #fechadocomocruzeiro #lider #tudoazul", brincou Jefferson Fernandes (@BoBJeffBH).

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MENSALÃO

Mas o dia não é só de futebol. A decisão do Supremo Tribunal Federal de permitir uma nova rodada de recursos para alguns dos réus do mensalão continua repercutindo.

Muitos internautas continuam a postar mensagens de revolta ou de apoio ao voto do ministro Celso de Mello, decano da Corte, que desempatou a votação sobre a admissibilidade dos chamados embargos infringentes, que preveem a revisão dos casos de pessoas condenadas em votações apertadas.

"Todo aquele circo do STF condenando os mensaleiros nos fez acreditar que ainda era possível haver justiça no Brasil. Ainda somos ingênuos", disse o internauta Pilar (@JotaPilar).

Já Felipe Caldeira (@felipecaldeira), defendeu a decisão de Celso de Mello. "O não acolhimento dos embargos simplesmente iria rasgar o regimento interno do próprio STF", disse.

A polêmica ocorreu porque esse tipo de recurso está previsto no regimento interno do Supremo --que é anterior à Constituição de 1988--, mas a lei que regulamentou a tramitação de ações nas cortes superiores, aprovada em 1990, não faz menção a eles.

Para cinco ministros, incluindo o relator do caso, Joaquim Barbosa, esses recursos não existem mais, porque a nova lei os revogou tacitamente.

Para outros seis, entre eles o revisor Ricardo Lewandowski, os embargos estão em vigor e garantem aos réus uma última oportunidade de rever suas penas, já que o Supremo é a última e única instância analisar o caso.

A análise dos recursos pode levar à revisão de penas, que, se forem diminuídas, podem alterar o regime de cumprimento das penas de condenados como o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), que passariam do regime fechado para o semiaberto.

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