Folha de S. Paulo


Coleção Folha traz a lenda do Negrinho do Pastoreio no 5º livro sobre folclore

Para encontrar um objeto perdido, qualquer um pode pedir ajuda ao Negrinho do Pastoreio. A crença popular de que ele irá trazer a peça de volta está na história agora recontada no volume 5 da Coleção Folha Folclore Brasileiro para Crianças, nas bancas no próximo domingo (15).

Veja como adquirir a coleção.

Em "Negrinho do Pastoreio", de Laiz B. de Carvalho, o garoto que dá título à obra é escravo em uma fazenda, onde cuida dos cavalos. Quando perde o animal mais querido de seu patrão, é surrado e obrigado a encontrá-lo.

O Negrinho recorre a Nossa Senhora em preces e sai pelas campinas à noite, com um toco de vela aceso. Cada gota de cera que cai no chão se transforma em ponto luminoso. Quando o menino encontra os cavalos, essas pequenas chamas se apagam.

É por isso que, na simpatia, a pessoa que pede ajuda deve acender uma vela e dizer: "Foi por aí que eu perdi... Foi por aí que eu perdi... Foi por aí que eu perdi!".

Mestre em Literatura Brasileira, Carvalho diz que a lenda é originária do Sul do país. "É uma história relacionada à escravidão e é possível que ela tenha sido contada pelos negros, como um caso que falava de maus tratos."

No CD que acompanha "Negrinho do Pastoreio", além da história, há uma cantiga de roda e desafios de trava-língua. Adultos poderão relembrar brincadeiras de infância, como pula-sela e escravos de Jó.


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