Adaptar um livro como "O Som e a Fúria" para o cinema significa encarar desafios como o de traduzir tramas intrincadas. É isso o que faz o diretor Martin Ritt na adaptação homônima, que a "Coleção Folha Grandes Livros no Cinema" lança no dia 29.
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Escrito em 1929, o romance do norte-americano William Faulkner (1897-1962) marcou época pela narrativa livre de convenções, alternando tempos e narradores.
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Stuart Whitman e Joanne Woodward em cena do filme "O Som e a Fúria" (1959), adaptação do livro homônimo de William Faulkner |
No longa "O Som e a Fúria", de 1959, a linearidade hollywoodiana substitui fluxos de consciência e monólogos interiores.
Na trama, uma família falida tenta manter as aparências. Mas a volta da desgarrada Caddy (Margaret Leighton) revela velhos segredos e desejos. Os protagonistas são a filha de Caddy, Quentin (Joanne Woodward) e seu tio Jason (Yul Brynner).
Esplendor e ruína do Sul dos EUA, cerne da obra do autor –Nobel de literatura de 1949–, ganham no filme tom de melodrama sobre a condição feminina, mas boas atuações garantem o resultado.