Folha de S. Paulo


Coleção traz "O Castelo", de Franz Kafka, na visão de Michael Haneke

Um homem chamado simplesmente "K" chega a uma aldeia gelada para prestar serviços de topografia.

As coisas poderiam correr normalmente e o trabalho poderia ser prestado rapidamente, mas daí não se trataria de uma trama de Franz Kafka (1883-1924).

"O Castelo", baseado no romance homônimo inacabado do autor tcheco, está no volume 11 da "Coleção Folha Grandes Livros no Cinema", que vai às bancas no domingo, dia 20.

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No filme de 1997, K é maltratado por todas as pessoas que cruzam seu caminho e tem dificuldades em conseguir falar com seu contratante. A espera infinita reforça o isolamento do protagonista, abandonado por Deus e refém da poderosa burocracia que o oprime sem que se apresente uma razão.

Lembrou-se de "O Processo", do mesmo autor? Há, claro, paralelo com esse outro famoso romance, que também foi lançado postumamente apenas um ano antes, em 1925.

À trama tipicamente kafkiana, o diretor Michael Haneke acrescenta a visão pessimista e desesperançada da humanidade que marca os seus filmes.

A filmografia do austríaco inclui os superpremiados "Amor" (2012) --vencedor do Oscar de melhor filme em língua estrangeira neste ano--, "A Fita Branca" (2009), "Caché" (2005) e "Violência Gratuita" (dirigido por ele duas vezes, em 1997 e em 2007).

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Ulrich Mühe e Susanne Lothar em cena de
Ulrich Mühe e Susanne Lothar em cena de "O Castelo", adaptação de Michael Haneke para a obra de Franz Kafka

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