Folha de S. Paulo


Leitor defende que cartel seja investigado em São Paulo

EMBRAER

Para enfrentar a concorrência da Airbus, a Boeing vai investir no segmento de aeronaves médias e pequenas, com ou sem a parceria com a Embraer ("Acuada pela Airbus, Boeing faz oferta de parceria à Embraer", "Mercado", 22/12). O problema é que se não for pela parceria, em que ambos podem lucrar, a outra opção é a de mais um concorrente, nesse caso muito poderoso!

MAURO ZENHITI AZANA (São Paulo, SP)

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Toda negociação tem que ser boa pros dois lados. O Brasil ainda tem a mentalidade arcaica de que tudo e nosso e ninguém toca. Foi assim com o pré-sal. Não quero dizer que a Embraer tenha que ser inteiramente vendida, mas não existe essa de ficar com tudo e ainda mater o interesse da outra parte. Isso só em historinha da carochinha.

LUÍS FERNANDES (Petrópolis, RJ)

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PLANEJAMENTO

Conforme Ronaldo Lemos e Ramon Alberto dos Santos, "Planejamento de médio e de longo prazo não costuma ser o forte do país", mas ainda menos forte é nossa capacidade de executar o que foi planejado. Execução requer, acima de tudo, disciplina, algo que não temos ("Planejamento é essencial para conectar infraestrutura", "O Brasil que dá certo", 21/12).

MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

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FUNCIONALISMO

A mídia, de fato, defende os interesses daqueles que lhe pagam melhor. Com efeito, parece incrível que a Folha de S.Paulo não critique a redução de pagamentos de impostos pelas petrolíferas (alguns bilhões), mas "bate pesado" contra o reajuste dos funcionários públicos. Diga-se de passagem que esse "aumento" é compensação de perdas acumuladas.

CARLOS EDUARDO FRAGA (Araruama, RJ)

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MALUF E MARIN PRESOS

Paulo Maluf, o rei do cinismo, que sempre jurou não ter dinheiro no exterior, já havia sido condenado na França. No Brasil, apesar das blindagens concedidas aos parlamentares, o STF o condenou. Finge ter dificuldades para andar, mas só quando é filmado. É um artista ("Supremo nega pedido de liberdade a Maluf", "Poder", 22/12)!

JOAQUIM DO AMARAL SCHMIDT (São Paulo, SP)

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Não deixa de ser intrigante o fato de Maluf e Marin terem sido presos no mesmo dia. Uma dupla que, durante anos, atuou de forma alinhada para tirar proveito dos cargos que ocuparam. Há algo de maktubiano no fato de, já octogenários, paguem suas culpas simultaneamente embora em diferente hemisférios e por outras razões. ("Condenado nos EUA, Marin vai aguardar sentença em presídio", "Esporte", 24/12).

FERNANDO PACINI (São Paulo, SP)

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Essa dupla, entre tantas outras, fez muito por merecer. Sorte do Maluf que aqui foi condenado, porque lá nos "States" tem justiça séria, corajosa e independente, tornando medíocre o a nossa especialmente.

OTÁVIO DE QUEIROZ (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Reinaldo Azevedo dava a impressão de que, com o fim do PT (o óbito oficial ainda não ocorreu, mas...), ficaria sem pauta, mas não é que o colunista demonstra. Ele ficou muito melhor sem a boba fixação antipetista. Por isso, me atrevo a sugerir isto: "façam como Lula, leiam Reinaldo Azevedo" ("'Façam como Reinaldo Azevedo', diz Lula", "Poder", 22/12).

ANÍSIO F. CÂMARA (São Paulo, SP)

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Talvez tenha sido milagre de Natal, mas André Singer escreveu uma coluna em que reconheceu os crimes petistas e vem defender o que é correto, que é a investigação e um processo rigoroso contra o cartel das empreiteiras em São Paulo ("Desequilíbrio gritante", "Opinião", 23/12). Que isso não signifique, no entanto, leniência quanto ao resto. Não é porque 90% dos assassinatos ficam sem solução que os assassinos pegos devam ser soltos.

RADOICO CÂMARA GUIMARÃES (São Paulo, SP)

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HISTÓRIAS DE VIDA

Sempre que passava no centro de São Paulo e na região da Paulista e da Augusta em São Paulo, via-o caminhando. Ele era um homem talentoso e marcado pela dor do preconceito da homofobia. Uma entrevista impressionante com Ricardo Corrêa da Silva, o Fofão da Augusta. Uma vida rica e trágica ao mesmo tempo do nosso Jean Genet. Parabéns à Folha por nos brindar com essa lição de vida ("A pele que habitei", "Cotidiano", 21/12).

PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR)

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RETROSPECTIVA 2017

A Folha deixou de citar em sua ("Retrospectiva 2017 - Literatura" "Ilustrada", 21/12) a publicação de "Ele que o Abismo Viu - A Epopeia de Gilgamesh", uma versão desse mito da Mesopotâmia, do século 13º a.C., anterior, portanto, aos poemas homéricos. A obra foi traduzida diretamente do acádio por Jacyntho Lins Brandão, o que seria um acontecimento notável em qualquer outro país. Em um ano de tantas crises no Brasil, é um fato a registrar.

PAULO MATSUSHITA, servidor público federal (Jundiaí, SP)

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BOAS-FESTAS

A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de Massa Branca (Mogi Mirim, SP), da Cassi (Brasília, DF), da GBR Comunicação (São Paulo, SP), do Grupo Boxnet, Maxpress e Todo Ouvidos (São Paulo, SP), do Instituto Palavra Aberta (São Paulo, SP), do IBEF Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ), da Aberje (São Paulo, SP) e de Luiz Thadeu Nunes e Silva, engenheiro agrônomo (São Luís, MA).


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