Folha de S. Paulo


"Os policiais do Rio de Janeiro mudaram muito de estilo", diz leitor

COLUNISTAS

Muito boa a coluna do mestre Ruy Castro ("Nunca na nossa sala" , "Opinião", 6/12). E, para confirmar sua análise de que "muitos dos nossos senadores e deputados mal sabem ler", na mesma edição ("Painel", "Poder"), está a prova incontestável do nível dos nossos congressistas. Um senador teve dificuldade para simplesmente ler a sigla CFURH. Mas uma coisa eles sabem: falam bem em dólares, euros, reais e outras abreviaturas financeiras.

HELIO DE ALMEIDA ROCHA (Piracicaba, SP)

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O artigo "Direitos humanos para humanos de esquerda" , de Joel Pinheiro da Fonseca ("Poder", 5/12), toca num ponto crucial, que hoje define a esquerda brasileira: "para o nosso lado, tudo é permitido". Até mesmo a barbárie, a tortura, a ditadura. No entanto, iria além: precisamos de políticos modernos, sejam eles de que lado forem. De direita ou de esquerda, mas políticos que pensem a longo prazo e que sejam capazes de atuar em prol da sociedade. Precisamos de políticos que sejam capazes de abdicar da solidão do poder, que atuem em conjunto com os cidadãos, pelo bem comum.

YUSSIF ALI MERE JR, presidente da Federação dos Hospitais do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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IGNORÂNCIA

Talvez por modéstia, a Folha não deu grande destaque à pesquisa do Instituto Ipsos Mori que coloca o Brasil como o "segundo país com menos noção da própria realidade" . Nem por isso vamos deixar de dar a esse jornal, e à imprensa brasileira em geral, os merecidíssimos créditos pela grande contribuição que vem sendo dada há décadas para garantir a ignorância dos brasileiros. Continuem assim, ano que vem ninguém nos rouba a liderança no ranking.

CELSO BALLOTI (São Paulo, SP)

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JAIR BOLSONARO

O colunista Igor Gielow, assim como outros neste jornal, ainda não compreenderam (nem querem) o fenômeno Jair Bolsonaro . Ele não está nem aí para centro, esquerda ou direita. Bolsonaro veio para dizer o que pensa, pouco se importando em cabalar votos ou angariar simpatias. Quem quiser que vote nele, se ganhar, ganhou, e eis aí o ponto em que o deputado mete tanto terror: livre das armadilhas e de acordos de bastidores, ele corre como quer e não terá, caso ganhe, freios imorais senão os da lei.

PAULO BOCCATO (Taquaritinga, SP)

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PESQUISA ELEITORAL

Notável a cara de pau dos nossos políticos. Quando as pesquisas eleitorais lhe são desfavoráveis, estão direcionadas. Quando estão bem colocados, estão corretíssimas.

ADILSON AUGUSTO (São Paulo, SP)

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POLICIAIS NO RIO

Os policiais do Rio de Janeiro mudaram muito de estilo. Hoje, ao prenderem um criminoso que os vinha afrontando, tiraram uma foto confraternizando com o bandido. Na década de 1960, uma foto que ficou tristemente famosa foi a do detetive Perpétuo e a escuderia Le Cocq depois de confrontar o marginal Cara de Cavalo. Sem dúvida uma evolução.

LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP)

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PAINEL DO LEITOR

A Folha deveria disponibilizar outro espaço para as manifestações de assessores de políticos, coordenadores de imprensa, secretários de comunicação de órgãos ligados a governos, ou seus próprios leitores ficarão sem seu concorrido espaço.

APARECIDO JG SILVA (Santana de Parnaíba, SP)

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GOVERNO TEMER

Salve, Carlos Vereza, faço minhas suas palavras! Posiciona-se com fatos e clareza, bem diferente da maioria de seus colegas, que só olha o próprio umbigo ("O homem e suas circunstâncias" , Tendências/Debates, 8/12). Boa leitura para aqueles que só ficam gritando "Fora, Temer", sem nem saber por quê! Obrigada por nos representar!

LUCIA MARIA DE L. LOPES (São Paulo, SP)

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Carlos Vereza, nem modesto nem insignificante é o seu apoio ao presidente Temer. Estou com você! Muitos brasileiros estão! Se todos os congressistas populistas e egocêntricos pensassem no futuro do Brasil, votariam a favor das reformas necessárias para nosso país crescer!

ROSANE CAMINHOTO ROTONDO (Londrina, PR)

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FUTEBOL

Considerando os maiores que passaram pelo São Paulo, Raí ocupa um dos lugares mais destacados. Ele não me pediu conselho, mas ainda assim vou alertá-lo. Essa diretoria tem planejamento zero, basta ver o que tem acontecido com o time nesses últimos anos. Uma tristeza! Neste ano, venderam vários jogadores e compraram outros tantos depois de iniciado o campeonato. Escapamos por pouco. O jogo neste campo vai ser mais duro do que os que ele já jogou ("Raí aceita convite do São Paulo e será novo diretor-executivo" , "Esporte", 8/12).

WILSON REINHARDT FILHO (São Paulo, SP)

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RACISMO

A reportagem "Sem preferência" ("Cotidiano", 7/12), sobre a briga na fila de um supermercado entre dois homens, um branco e um negro, quando o ultimo foi chamado de "negro periférico" apresenta certas justificativas que infelizmente já viraram senso comum: não chamou de negro porque ele é pardo; já se relacionou com uma negra e até foi à escola Vai-Vai para "fotografar umas mulatas". Além disso, o agressor acrescenta que não pode mais cantar uma menina que já é confundido com assédio, ignorando que as mulheres possuem o direito de não quererem ser cantadas. Temos muito o que avançar ainda. E a Folha, em aprofundar e analisar criticamente tais questões.

LUCÍLIA MAGALHÃES OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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