Folha de S. Paulo


Joesley tem que dar satisfação à Justiça, não ao Congresso, diz leitor

CPI DA JBS

Joesley se calou na CPI, e com razão. Ele tem de dar satisfação à Justiça e ao povo brasileiro. Falar com deputados para quê? Quem do Congresso tem moral, idoneidade e honestidade comprovada para fazer perguntas para um empresário que está preso, foi um aproveitador desonesto de recursos públicos e viveu das mazelas políticas? O que ele teria a dizer na comissão parlamentar que seria útil ao país e a si próprio?

ARCÂNGELO SFORCIN FILHO (São Paulo, SP)

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Enquanto ainda era o amante à moda antiga que mandava flores, emprestava o jatinho e supria generosamente os interesses financeiros dos envolvidos, Joesley Batista estava no topo e tinha o caminho livre para os vultosos recursos do BNDES. Agora que o esgoto da corrupção aflorou, a propaganda de Temer busca desqualificá-lo, e os corruptos instalados na CPI o rotulam de "mafiosinho". Diante dos mafiosos da estirpe que habita o Planalto e o Congresso, Joesley não passa de um menino de recados.

CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG)

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Preso em São Paulo, e embora já tivesse informado que permaneceria calado, Joesley foi levado para depor na CPI em Brasília, em evidente desperdício de dinheiro público na locomoção em aeronave da Polícia Federal. Mais uma CPI que vai terminar em nada, como sempre. Por que esse pessoal do Congresso, que só quer holofotes, não deixa a PF, o MPF e o Judiciário resolverem o assunto?

NESTOR PEREIRA (Guarapari, ES)

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REFORMAS DO GOVERNO

Parece estar em curso a seguinte lógica no Congresso: se eu estivesse no primeiro ou segundo ano de mandato, eu votaria a favor das reformas. Em dois anos, o meu eleitor esquece. Como estou no último ano, votarei contra. Dá para confiar em gente com essa força de caráter?

MARCIO MACEDO (Belo Horizonte, MG)

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TRUMP E COREIA DO NORTE

A grita estadunidense com o lançamento do novo míssil da Coreia do Norte é risível. Os EUA são o país mais temido do mundo desde o maior atentado terrorista da história, perpetrado contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Não querem dividir seu poderio de medo com ninguém.

MÁRIO SÉRGIO DE MELO (Ponta Grossa, PR)

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LUCIANO HUCK

O espaço nobre que a Folha cede à natimorta candidatura de Luciano Huck a presidente é desproporcional à figura que o animador de programa de auditório de TV tem no cenário político nacional. O apoiador de Aécio Neves nas eleições de 2014 escreve um artigo longo, cheio de chavões, beirando a demagogia. Com todo o respeito, só pode ser da lavra de algum "ghost writer" escolhido a dedo. Lamentável!

GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

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SAÚDE PÚBLICA

Excelente o artigo de Marilena Lazzarini, no qual ela expõe a orquestração entre setor econômico, governo e órgão regulador. É inaceitável o descaso com a saúde e o bem-estar dos cidadãos, em especial dos mais carentes. Mais uma vez assistimos a um ministro seguir as orientações do setor privado, tornando-o o principal beneficiário da reforma, em vez de tomar decisões pautadas pelo interesse público. É ínfimo o zelo pelo interesse da população.

CRISTINA AZEVEDO (São Paulo, SP)

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Esse projeto de lei afronta os princípios fundamentais do SUS: universalidade, equidade e integralidade. Além disso, vai na contramão das estratégias inovadoras de financiamento dos sistemas de saúde que aumentam acesso e diminuem custos por aumento da eficiência nos tratamentos disponíveis aos pacientes. Como afirma Marilena Lazzarini, perdemos todos.

MARIO BRACCO (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Irretocável o texto de Helio Schwartsman. É espantoso que o rigor exagerado e desproporcional para barrar alimentos não seja o mesmo adotado para impedir a entrada de celulares, armas e coisas do gênero nas penitenciárias.

MILTON CÓRDOVA JUNIOR (Vicente Pires, DF)

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É absurda a ideia de Hélio Schwartsman de permitir que os presos ricos encomendem comida na cadeia para economizar nosso dinheiro. Seria uma afronta termos mais uma diferenciação entre bandidos ricos e pobres. Levando adiante a ideia da economia, por que não dar a farinata de Doria para todos? Seria barato e ajudaria a assustar os bandidos em potencial.

CARLOS B. MARCONDES (Florianópolis, SC)

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Pontos de vista como o de Alexandre Schwartsman, convenientemente alheio à realidade de desemprego do país, exercem influência venenosa sobre a questão da capacidade de trabalho. Atribuir à profissão de frentista status de obsoleta soa persecutório e assinala irresponsabilidade ante o contingente de 500 mil trabalhadores —100 mil deles em São Paulo— em postos de combustíveis e suas famílias.

LUIZ DE SOUZA ARRAES, presidente da Federação Estadual dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis (Osasco, SP)

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O artigo de Samuel Pessôa demonstra um posicionamento retrógrado. O RenovaBio é muito mais que um programa de estímulo aos biocombustíveis. É uma política que pode colocar o Brasil como protagonista no cenário mundial da economia de baixo carbono, aperfeiçoando uma iniciativa já realizada nos EUA, que pode rapidamente ser adotada como modelo pelos países que investem em inovação para reduzir as emissões de GEE. O PL 9.086/2017, do deputado Evandro Gussi (PV-SP), promove concorrência e eficiência na produção de energia.

DONIZETE TOKARSKI, diretor-superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Brasília, DF)

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