Folha de S. Paulo


A falência da política cria candidaturas de pessoas como Huck, diz leitor

ELEIÇÕES

A Folha quis polemizar, insinuando que Aécio Neves acusou eventual candidatura de Luciano Huck de provocar a "falência da política". Na verdade, é a falência da política que, infelizmente, cria candidaturas de pessoas como Huck.

MARCELO HENRIQUE PEREIRA MARQUES (Londrina, PR)

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Jean Galvão, na sua charge, remete-nos à vida pregressa de Luciano Huck. Ele construiu sua fama com o chicote sensual de Tiazinha, depois com Joana Prado, e hoje explora o antiquíssimo veio da alquimia de transformar pobres em remediados e lata velha em ouro. Com esse caminho pavimentado com tanta propriedade e sendo um dos homens mais ricos da televisão brasileira, ele tem tudo para ser presidente da República, pois não?

GÉSNER BATISTA (Rio Claro, SP)

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Ainda que não se contestem os argumentos daqueles deputados que se manifestaram contra o presidente Michel Temer na sessão da Câmara dos Deputados, muitos deles, na disputa eleitoral, estarão apoiando para assumir o comando do país outro político igualmente acusado de corrupção e que já responde a vários processos, tendo inclusive condenação na Justiça. Infelizmente, essa é a verdade.

ROBERTO FISSMER (Porto Alegre, RS)

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AÉCIO NEVES

O senador Aécio Neves foi um dos principais responsáveis pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Está pagando caro pelo que fez. Além de estar envolvido na Operação Lava Jato, teve o dissabor de ouvir um sonoro "Fora, Aécio" de seus correligionários do PSDB. Ouvi muitos "Fora, Dilma" nas manifestações da avenida Paulista. Nunca ouvi "Fora, Dilma" vindo do Partido dos Trabalhadores.

GILCERIA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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AMAZÔNIA

Ridícula a insinuação de que militares dos Estados Unidos teriam participado do exercício do Exército brasileiro na Amazônia para nos espionar. O Brasil não possui nenhuma expertise que interesse aos americanos. Se alguém precisa "aprender" alguma coisa nessa área é o Brasil.

VALMIR APARECIDO MOREIRA (Araras, SP)

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RACISMO

Apesar de textos tolerantes da ombudsman e de Demétrio Magnoli, a minha conclusão é simples. Formadores importantes de opinião não podem dar declarações, ainda que privadas, como a de William Waack ou a de Boris Casoy, citadas nas colunas. Chamem de vingança do anônimo, de inveja do sucesso, do que quiserem, mas, definitivamente, elas comprometem a credibilidade.

MARCIO MACEDO (Belo Horizonte, MG)

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A fim de manter a aparência de que repudia o racismo, a direção da Rede Globo afasta William Waack da emissora. No entanto, essa direção jamais se incomodou quando o jornalista, particularmente no comando do "Painel", da Globo News, manifestava seus firmes preconceitos contra o pensamento de esquerda. Arraigada e sistemática discriminação que se concretizava pela completa ausência de intelectuais e acadêmicos de esquerda no programa.

CAIO N. DE TOLEDO (Uberlândia, MG)

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William Waack deveria vir a público e dizer que são "coisas de preto" frases simples de dois homens que ganharam o Nobel da Paz: "Sim, nós podemos" (Barack Obama) e "Eu tenho um sonho" (Martin Luther King), mas parece que a preferência do jornalista é mesmo por Donald Trump.

ERIC FERREIRA DANTAS, professor de História (São Paulo, SP)

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ABORTO

Realista, contundente e comovente o texto de Alessandra Orofino sobre a vergonhosa PEC 181, aprovada por 18 congressistas. Essa proposta proíbe o aborto em caso de estupro e pune com a prisão as mulheres que praticarem tal ato. Os congressistas se comportaram como ferozes e insensíveis inquisidores medievais.

RENATA ROSSINI (São Paulo)

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RIO DOCE

Mais de 60 pessoas assinaram uma carta de repúdio à reportagem de Marcelo Leite. Ela demonstra um conhecimento parcial da realidade, claramente a partir da perspectiva da Fundação Renova, que foi uma das principais responsáveis pela "avalanche de desinformação" criticada no texto. Embora se afirme que o rio Doce já era um "defunto", milhares de pessoas dele retiravam seus recursos, tradições e lazer antes do crime da Samarco, Vale e BHP.

TATIANA RIBEIRO DE SOUZA, professora de direito da Universidade Federal de Ouro Preto (Ouro Preto, MG)

RESPOSTA DO JORNALISTA MARCELO LEITE - A Fundação Renova começou a funcionar nove meses após o desastre, não pode ser responsabilizada pelo que chamei de "avalanche de desinformação" logo após a tragédia. E o rio Doce já estava em péssimo estado antes disso.

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FERNANDO HADDAD

Minhas saudações ao jornalista Sérgio Dávila, que escreveu o artigo "Haddad hostiliza imprensa por não admitir crítica, escreve Sérgio Dávila", e ao desenhista Luciano Salles, que o ilustrou. O ex-prefeito Fernando Haddad pode ter aprendido, espero, uma lição. Que use fatos para embasar seus argumentos, mas não vale inventá-los conforme a sua conveniência.

ANDRÉ RICARDO O. NOGUEIRA (São Paulo, SP)

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A ira de Sérgio Dávila tem alvo, mas não tem foco. A imprensa brasileira tem, ela sim, dificuldade para lidar com as críticas. Dificuldade maior só mesmo para para lidar com a verdade. O problema é que já não são apenas os petistas e eventuais leitores que vão percebendo esse fato. Com mais frequência vemos na mídia internacional referências à atuação política da imprensa brasileira. E o que fazem os editores? O mesmo que acusam os seus alvos de fazer: desqualificam o acusador.

CELSO BALLOTI (São Paulo, SP)

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Diferentemente do que consta no artigo "Haddad hostiliza imprensa por não admitir crítica, escreve Sérgio Dávila", de Sérgio Dávila, a pesquisa de avaliação sobre o programa De Braços Abertos foi realizada pela Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD), sob a coordenação da professora Taniele Rui, e não pela Open Society, que foi apenas a financiadora. Além disso, a negociação com a Folha se deu sobre a exclusividade na divulgação dos dados, praxe na imprensa, e não envolveu a Prefeitura de São Paulo, que também não participou da pesquisa.

MAURICIO FIORE, coordenador Científico da PBPD (São Paulo, SP)

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