Folha de S. Paulo


Leitores comentam declarações da ministra dos Direitos Humanos

Alan Marques/Folhapress
A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois
A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois

LUISLINDA VALOIS

A falta de autoridade política e, principalmente, moral do governo Temer proporciona declarações estapafúrdias de seus ministros, como vimos recentemente com Torquato Jardim e Luislinda Valois . Em qualquer país com um mínimo de seriedade, esses dois já teriam sido exonerados ou colocado os cargos à disposição, mas no Brasil o rabo balança o cachorro. O silêncio do presidente da República é constrangedor.

ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, demonstrou ao mundo a importância da portaria do Ministério do Trabalho que trata da definição e da fiscalização do trabalho escravo no Brasil. Nem a AGU teria idealizado estratégia tão genial, tão fulminante, na defesa dessa norma, atualmente questionada perante o STF.

MÁRCIO CAMARGO FERREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

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A ministra dos Direitos Humanos, que usa sua trajetória como exemplo de superação, se esqueceu da realidade; esqueceu-se do que as pessoas necessitadas passam. É duro pensar que, enquanto tanta coisa séria acontece, tem alguém que parece estar sem demanda de serviço, já que redigir um documento com mais de 200 páginas não é lá tarefa das mais simples. Falta um pouco de luta por produtividade no poder público; e enquanto não for necessário lutar para que no fim do mês o dinheiro esteja garantido, para alguns o cargo vai continuar sendo "oficina do diabo" donde nascerão "genialidades" como a que hoje nos assombra.

IGHOR NEVES AMORIM (Santos, SP)

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Se pegar, pegou. Deve ter sido esse o pensamento de Luislinda Valois quando encaminhou o pedido para acumular a aposentadoria como desembargadora e o salário de ministra. Já que ela viu tantos maus exemplos ao seu redor, pensou que o seu passaria desapercebido. O mais escabroso foi o motivo torpe alegado para acumular os dois proventos. Não importa se é de direita, centro ou esquerda, homem ou mulher, branco ou negro, os nossos dirigentes são nauseantes.

LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luiz, MA)

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SEGURANÇA PÚBLICA

Em resposta à carta da presidente do Sindpesp (Painel do Leitor, 2/11). São Paulo é o Estado que mais investe em segurança no país. Dia 1º foi anunciado um pacote de medidas para a Polícia Civil, com a nomeação de 1.240 policiais, concursos para 2.750 vagas, investimento em viaturas e delegacias. Neste ano, mais de R$ 18 mi foram repassados aos cofres da instituição. O deficit apontado pelo sindicato é errado, pois conta 5 mil vagas extintas de carcereiros. Ao contrário do que foi mencionado, concluiu-se a convocação dos aprovados nas 2.301 vagas previstas (edital/2013) e 1.636 remanescentes.

PATRÍCIA PAZ, assessora de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo

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COLUNISTAS

Não é apenas Judith Butler que é alvo da tara ideológica da nova direita ("Os fins da democracia" , "Ilustrada", 3/11). Em 2015, a turma do "família sim, gênero não" tripudiou contra uma citação de Simone de Beauvoir no Enem. Hoje há proposta para revogar o título de patrono da educação de Paulo Freire. Na lista proibida da turba "Meu filho, minhas regras" estão também Rousseau, Nietzsche, Bourdieu e Foucault. Na lógica ultraconservadora, esses autores têm um projeto conspiratório para destruir a civilização cristã. A ignorância que grassa hoje no país não tem limites.

HAROLDO S. SOUZA DE ARRUDA (São Paulo, SP)

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É impressionante como nos últimos tempos a figura de dom Pedro 2º vem sendo reverenciada como uma das mais ilustres brasileiras ("Coleção para a humanidade" , "Opinião", 3/11). Sem dúvida, em tempos de Lava Jato, dom Pedro se destaca como um verdadeiro patriota. Seu amor às artes e ao país foi inegável. Como bem lembrou Ruy Castro, d. Pedro não viajava a turismo, mas afirmar que ele pagava suas despesas é forçar um pouco a barra, pois, sendo imperador, suas despesas sempre foram pagas pelo povo, o que não diminui a grandeza de sua personalidade.

MACER NERY FILHO (Campinas, SP)

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LEITORES

Chamar de "ultralúcido" (Painel do Leitor , 2/11) um homem que dá as costas à cultura e ao meio ambiente porque só consegue pensar em dinheiro e desqualifica um artista porque ele é "pobre" serve como exemplo da indigência moral a que chegou uma parte da sociedade brasileira.

LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)

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BOLSONARO

O que mais incomoda a sociedade brasileira hoje? É a total falta de segurança pública. É a lei que protege bandido que mata, rouba, estupra crianças e mulheres e, no entanto, em poucos anos, está na rua novamente praticando seus crimes. Dá para entender por quê o fenômeno Bolsonaro? Porque ele é o único candidato até agora que fala em acabar com a insegurança, que coloca às claras que assim não dá para continuar. A mídia vem especulando milhões de motivos, mas ainda não entendeu que, para a população brasileira, chega de impunidade.

BEATRIZ CAMPOS (São Paulo, SP)

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BOA POLÍTICA

José Aníbal ("A vocação da boa política" , "Opinião", 3/11) teima em ser o intérprete da fábula do macaco que, sentando-se sobre o próprio rabo, se põe a criticar o dos demais. O eterno suplente de José Serra não cansa de falar em "proselitismo petista" e manutenção de "privilégios" dos governos lulopetistas. Para contrapô-lo, basta ler, na mesma edição, as colunas de Hélio Schwartsman, mostrando o proselitismo de Aécio, e a de Bernardo Mello Franco, que desnuda a tucana Luislinda Valois na busca meritória de deixar de ser escrava. Segue o jogo...

DEJALCI EDUARDO FONTANA MARTINS (Bauru, SP)

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