Folha de S. Paulo


Decisão do STF sobre religião na escola é um vexame, diz leitor

RELIGIÃO NAS ESCOLAS

O STF, uma instituição que na maioria das vezes toma decisões progressistas, desta vez decidiu pela pior das vias. Liberar professores para pregar sua fé nas escolas públicas é um atentado à laicidade do Estado brasileiro. Um vexame que não ajuda em nada o desenvolvimento e a promoção da igualdade no país.

JUDSON CLAYTON MACIEL (Rio de Janeiro, RJ)

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Esse tema deveria ser restrito à vida privada e à escolha individual. O ensino público não deveria envolver-se nisso. A decisão abre espaço para manipulação, que a gente sabe que é o objetivo final da iniciativa.

ADRIANA MACCACCHERO (Rio de Janeiro, RJ)

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REFORMA POLÍTICA

Qual a necessidade de criar um fundo eleitoral de R$ 1,7 bilhão em um país falido e corrupto? Como justificar isso para milhões de brasileiros que vivem à míngua? As respostas certamente não virão, porque o Congresso assumiu que pode resolver tudo sem dar satisfação a ninguém.

RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ)

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Quanto a nação brasileira gasta em quatro anos com os ordenados dos vereadores, prefeitos, deputados estaduais, governadores, deputados federais, senadores e presidente da República? Seria justo que cada um desses indivíduos pagasse uma taxa sobre seu salário para fazer o fundo que financiaria as eleições futuras. Fica aí uma sugestão.

NILO DA SILVA GORGULHO (Cristina, MG)

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AÉCIO NEVES

Francamente! A população faz um esforço enorme para entender o motivo pelo qual esse cidadão ainda não foi preso!

GEOVANIA R. DE PINHO (Rio de Janeiro, RJ)

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"O homem público, quando exerce função em nome do povo, precisa praticar atos de grandeza", afirmou Luiz Fux. Piada, né? Não formar gangues para pilhar o dinheiro público já está de bom tamanho... Exigir deles grandeza é viajar na maionese.

JADER MATIAS (Araxá, MG)

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DELAÇÃO DE PALOCCI

Não é por questões morais, tampouco ideológicas, que a alta cúpula do PT está preocupada com as declarações de Antonio Palocci. Esse papo de traição é ladainha. A verdadeira razão é que, se surgir outro integrante petista disposto a fazer delação premiada, não sobrará praticamente mais nada a dizer.

LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

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José Dirceu, um homem injustiçado, um político que ficará na história do PT e da esquerda. Antônio Palocci, um político que levará a marca da traição até o fim de sua vida e para toda a sua geração.

PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR)

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PRIVATIZAÇÕES

Discordo, enquanto cidadão, do deputado Fábio Ramalho, que reclamou do preço de venda da Cemig, dizendo que venderam as usinas a preço de banana. Por mim, podem vender o bananal todo que ainda assim sairá mais barato ao pagador de impostos do que ter que aturar empresas ineficientes, custosas, inchadas por cargos de comissão e diretorias inúteis, nas quais não faltam bandos de corruptos a lhes predar os frutos.

PAULO BOCCATO (Taquaritinga, SP)

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LEWANDOWSKI

É necessário que o Código de Processo Penal seja eficiente, pois é um princípio basilar da nossa Constituição Federal. É arcaico que o ministro do STF Ricardo Lewandowski defenda garantias, principalmente quando trata dos investigados na Operação Lava Jato, sendo que a maioria da população carcerária no Brasil é composta de pretos e pobres. As garantias já estão todas no devido processo legal.

HEVERTON-CRISTHIÉ S. LEMOS (Sardoá, MG)

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Li o artigo de Ricardo Lewandowski. Tenho, para meus alunos, nos órgãos de classe nos quais profiro palestras e até mesmo em artigos para este jornal, alertado sobre a amputação perpetrada pelo Poder Judiciário de muitos aspectos da materialidade do direito de defesa e do devido processo legal, que, num regime democrático de direito, são garantias asseguradas pela Constituição. Concordo, pois, integralmente, com suas conclusões, que ganham maior relevância por virem de um eminente membro e ex-presidente da suprema corte brasileira.

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, professor emérito da Universidade Mackenzie (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Hélio Schwartsman diz que, apesar de defender a legalização das drogas, não vê "aspectos utilitários" no que diz respeito ao combate à violência. O texto é um disparate não só em relação aos cerca de 200 mil presos por drogas no Brasil, diariamente violentados pelo sistema prisional torturante e racialmente seletivo, mas por ignorar que o principal agente da violência relativa ao comércio de drogas não é o crime, como ele supõe, mas o Estado –que seria fortemente coibido em sua ação violenta com a legalização. A vontade de polemizar invariavelmente afeta as (boas) ideias do colunista.

JÚLIO DELMANTO (São Paulo, SP)

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COTAS

Fico a pensar que, embora a questão financeira e a racial se interpenetrem no Brasil, a discussão sobre as cotas raciais é uma importante forma de reconhecimento das raízes desse problema, que sustenta, na atualidade, um tronco bastante robusto. Penso que cabe ao movimento negro, que tem vínculos e apoio consistentes nas universidades brasileiras, apresentar uma proposta para a avaliação da sociedade.

MARCELO LOURES (Ouro Preto, MG)

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PUBLICIDADE

Nunca vi artigo mais corporativista que o de Mário D'Andrea. Não, senhor Mario, funciona assim: clientes contratam agências de propaganda, que anunciam no veículo, que por sua vez não fala nada que prejudique o cliente e defende política e economicamente tudo o que interessa ao mesmo, se não perde sua fonte de receita. Simples assim. Nada é de graça, muito menos o jornalismo. As redes podem ter sim muita asneiras, mas são inteiramente livres.

FLÁVIO FONSECA (Mendes, RJ)

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PARTICIPAÇÃO

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