Folha de S. Paulo


Leitores comentam situação na Venezuela e ameaça de Trump

Ueslei Marcelino - 10.ago.2017/Reuters
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em discurso no Assembleia Nacional Constituinte
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em discurso no Assembleia Nacional Constituinte

DEFICIT DO ORÇAMENTO

Auditar a dívida pública urge, mas não é sequer cogitado. Fazer cumprir o teto salarial, deixando de pagar o que está acima desse limite, também daria bons resultados a médio e longo prazos –ou pelo menos que fosse mudada a tipificação de "verbas indenizatórias", para possibilitar a incidência de Imposto de Renda sobre os valores atualmente isentos de tributação. Rever as isenções fiscais e desonerações também são possibilidades, mas não são enfrentadas como deveriam ser. Há o que cortar e rever ("Temer cogita cortar gasto para conter rombo" , "Mercado", 11/8).

ROSANGELA BARBOSA GOMES (Salvador, BA)

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BOLSA LULA

Parece piada,mas é verdade. Cada um doa seu dinheiro a quem quiser. Mas o da sra. Roberta Luchsinger seria melhor aproveitado se fosse doado a crianças carentes da periferia. Lula deve receber dinheiro de seu partido, que é rico ("Neta de banqueiro suíço quer doar a ex-presidente R$ 500 mil em itens de luxo" , "Poder", 12/8).

CREUSA COLAÇO (São Paulo, SP)

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BOLSONARO

É gravíssima a reportagem "Em vídeo, alunos de ensino médio exaltam Bolsonaro" ("Poder", 9/8). Aliás, a própria ideia de que um país seja capaz de ceder a administração (e, agora sabemos, bem mais que isso) de suas escolas à Polícia Militar já é uma anomalia grotesca e inaceitável. Em um país digno, os órgãos governamentais ligados à educação seriam imediatamente obrigados a dar explicações e sanar o problema. Mas estamos no Brasil, o país onde torturadores são homenageados e tratados como heróis.

LEANDRO VEIGA DAINESI, professor de literatura (Lorena, SP)

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VENEZUELA

Para mim é uma vergonha ser latino-americano vendo o que acontece na Venezuela e no Brasil. Correntes políticas antagônicas, mas que querem se manter no poder a qualquer custo. Não existe nem direita nem esquerda na América Latina, e sim apreço pelo poder.

LUIZ DO ROSARIO BASTOS JÚNIOR (Guarulhos, SP)

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A ameaça de Trump à Venezuela está mais para verborragia vazia, no entanto já causou grande estrago à estratégia das forças democráticas que planejavam enfraquecer Maduro por dentro do regime. A prepotência americana vocalizada por Trump, que remeteu à lembrança dos tempos em que a América Latina era considerada um quintal, fortaleceu o discurso do ditador ("Trump cogita opção militar contra Caracas" , "Mundo", 12/8).

LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP)

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NEYMAR NO PSG

Neymar vale o quanto lhe pagam. Ele é instrumento do entretenimento. Ele é um artista que atrai multidões e audiência. Se os dirigentes de clubes, os cartolas (capitalistas por definição), atribuem a ele esse valor é porque ele vale muito mais. Conclusão óbvia. Então, cabe uma cutucada de leve nos esquerdistas que estão repudiando seu salário: qualquer coisa que Neymar recebesse a menos, configurar-se-ia a mais-valia conceituada por Marx.

THYRSO DE CARVALHO JÚNIOR, advogado (Pereira Barreto, SP)

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UM MUNDO DE MUROS

Acompanho com interesse a série de reportagens da Folha sob o título "Um Mundo de Muros" sobre a onda migratória pelo mundo. A recente reportagem traz informações sobre as condições precárias dos que tentam entrar ilegalmente na União Europeia (UE) pela fronteira húngaro-sérvia. Para o melhor entendimento dos aspectos tratados nesta reportagem, gostaria de compartilhar algumas considerações sobre o assunto.

A Hungria faz parte da UE e sua fronteira com a Sérvia representa o limite externo da União, com regras bem estabelecidas para a admissão de migrantes e refugiados. Na fronteira sérvio-húngara, há sete entradas oficiais, onde todos têm a possibilidade de entrar legalmente. Infelizmente, há quem queira cruzar a fronteira da UE de maneira ilegal com a "ajuda" de traficantes de pessoas, o que constitui crime em qualquer país, inclusive na Hungria.

Não me parece justo responsabilizar a Hungria pelas condições precárias que os migrantes encontram na região da fronteira, antes da tentativa de sua passagem ilegal para a UE. Os húngaros constituem um povo acolhedor que, infelizmente, bem sabe o que significa ser refugiado. No século passado, centenas de milhares de húngaros foram compelidos a emigrar, refugiando-se em outros países, incluído o Brasil. Até hoje somos muito gratos a todos que os acolheram. ("Na porta da Europa, tentar entrar é ciclo de perpétua incerteza" , "Mundo", 7/8).

NORBERT KONKOLY, embaixador da Hungria (Brasília, DF)

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COLUNISTAS

Agora que o monotemático Reinaldo Azevedo, dublê de rábula e ombudsman da Lava Jato, confessou que não é Deus, bem que poderia mudar de assunto nos seus artigos.

JOSÉ RONALDO CURI, advogado (São Paulo, SP)

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O colunista Ronaldo Lemos, em "Hackeando as urnas digitais" ("Opinião", 7/8), demonstra desconhecer o sistema eleitoral brasileiro. Desde 2009, como amplamente noticiado na mídia, a Justiça Eleitoral organiza os testes públicos de segurança, com ampla participação da comunidade científica. Também desconhece os procedimentos de auditoria das urnas durante o processo eleitoral, tais como a auditoria dos códigos-fonte, as assinaturas digitais dos programas ou a votação paralela, um mecanismo de verificação tipo "caixa-preta", realizado com urnas prontas para a votação.

CARLOS ROGÉRIO CAMARGO (Florianópolis, SC)

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Em seu enviesado artigo "anti-bolivariano"("Apoio do PT a Maduro é tiro no pé" , "Mundo", 7/8), Mathias Alencastro se vale de um capcioso truque retórico: transforma em meros detalhes os condicionantes da arriscada decisão do presidente Maduro de lançar mão da prerrogativa que lhe confere a Constituição venezuelana, convocando nova Constituinte. De quebra, o articulista não faz menção ao lamentável papel exercido pelas diplomacias de Temer e Macri, que tornam mais remota a via do diálogo, de que a Venezuela tanto carece.

PEDRO AMARAL (Brasília, DF)

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PARQUE AUGUSTA

Viva o parque Augusta! Nós, moradores de São Paulo, precisamos de cada vez mais áreas verdes. As pessoas estão doentes e cheias de respirar poluição ("Ativistas do parque Augusta são meia dúzia paga pelo papai" , "Cotidiano", 11/8).

MARI EMILIA GARCIA TOZATO (São Paulo, SP)

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