Folha de S. Paulo


Leitores comentam condenação de Lula a 9 anos de prisão

LULA CONDENADO

Reforma trabalhista e condenação de Lula —mesmo que em primeira instância— parecem um sonho para uma país como o Brasil. Até que enfim notícias boas.

JADIR ABEL (Florianópolis, SC)

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O impeachment de Dilma Rousseff não foi o fim da corrupção, e a prisão de Lula também não o será. Comemoremos com moderação, guardemos champanhe para outros mais.

WALDIR DE AGUIAR (Campinas, SP)

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Confirmou-se algo que praticamente todo brasileiro tinha certeza que ocorreria: a condenação de Lula por Moro sem provas. Nenhuma surpresa, pois até revistas ilustraram o paranaense como um contendor do ex-presidente, sem que o assim chamado juiz se insurgisse contra a absurda audácia das publicações. A certeza da condenação de Lula, mesmo entre os que não têm dúvida de sua inocência, se deu porque todo o mundo no fundo sabia que Moro pode ser qualquer coisa, menos um juiz.

SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP)

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Estou muito triste e muito feliz. Triste ao ver um ex-presidente eleito e reeleito ser condenado por crimes contra o Brasil. Um ex-presidente transformado em criminoso comum é algo triste e vergonhoso para qualquer país. O Brasil inteiro fica vexado. Porém estou feliz porque a lei começa a alcançar quem tanto mal fez. A sentença não irá reparar o mal, mas servirá de alerta para futuros oportunistas e bandoleiros que pretendam ocupar a Presidência.

FLAVIO TORRES (São Paulo, SP)

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Sentença sem fundamentação jurídica. Não há uma única prova de propriedade do imóvel. Juiz parcial e político. O mesmo que não aceitou que Cunha fizesse perguntas a Temer, agora envolvido em esquemas suspeitos. A condenação vai cair em segunda instância e esse juiz será desmoralizado por sua parcialidade.

BIANCA MIRANDA (Viçosa, MG)

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Já havia dito que a solução política para o Brasil, neste momento, seria a condenação e a prisão de Lula. A repercussão nacional e internacional da sentença é capaz de abafar a crise política, fazendo-nos esquecer as malas de dinheiro e o suposto envolvimento do presidente Michel Temer. Lula é a salvação nacional!

SÉRGIO MORADEI DE GOUVÊA (Ubatuba, SP)

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É bom que o mundo saiba: o mais importante no ser humano não é seu nome ou seu status, mas a sua dignidade e o seu respeito para com o seu país. Lula agora sabe disso. Que aprenda a lição!

ALCINO CAETANO DE SOUZA (Goiânia, GO)

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É estranho que o juiz Sergio Moro tenha condenado o primeiro presidente representante de classe trabalhadora apenas um dia após a maior retirada de direitos trabalhistas da história da nossa República.

JOÃO PEDRO CARVALHO GARCIA DE LIMA (Belo Horizonte, MG)

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A senadora Gleisi Hoffmann tardou. Poderia ter ensinado a Sergio Moro como se faz boa política: ocuparia a cadeira do juiz, ali faria discursos e almoçaria e, quem sabe, conseguiria salvar seu chefe, Lula, da condenação. Fica a ideia para os próximos companheiros.

MÁRCIO LAURETTI (Socorro, SP)

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APROVAÇÃO DA REFORMA

Hélio Schwartsman quer ignorar que os ritos institucionais do Senado, que há pouco tempo não se pejou em desprezar provas contundentes de corrupção contra Aécio Neves, não podem ser considerados sagrados. O "sit in" das combativas senadoras é muito válido, principalmente porque chama a atenção internacional para o ignóbil crime lesa-trabalhador representado pela atual reforma. E é bom sempre lembrar que, no governo Lula, a legislação dita retrógrada permitiu praticamente pleno emprego.

DAGMAR ZIBAS (São Paulo, SP)

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Como ex-dirigente sindical, faço meu protesto e registro minha indignação pela aprovação da reforma trabalhista. Só nós sabemos como foi difícil obter as conquistas dessas últimas décadas. E, agora, numa simples canetada, tudo jogado no lixo. Lamentável!

FRANCISCO STANGUINI (São Caetano do Sul, SP)

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GOVERNO ENCURRALADO

Sai Temer, entra Rodrigo Maia. Forma-se um governo "carioca"—Moreira Franco, Sergio Zveiter etc.— e penduram-se os débitos e falcatruas do Rio de Janeiro no Tesouro Nacional. "Só os profetas enxergam o óbvio", disse Nelson Rodrigues.

LUIZ GROFF (Curitiba, PR)

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GEDDEL VIEIRA LIMA

Gamil Föppel, advogado de Geddel, começa mal, pedindo que o leitor "dispa-se de seus preconceitos" antes de ler o resto do texto. O certo seria "dispa-se de seus princípios", como ele deve fazer ao aceitar seus clientes.

LUIZ CARLOS DE SOUZA (São Paulo, SP)

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Se a função do jornal é formar e informar os leitores, qual o objetivo de, na cobertura das investigações criminais, ouvir os advogados dos acusados ou abrir as colunas para que se manifestem? Suas opiniões são direcionadas não para o esclarecimento, mas para a defesa de seus clientes. Fazem uso de qualquer artifício, distorcendo os fatos.

ANTONIO CARLOS RAMOZZI (São Paulo, SP)

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FORO PRIVILEGIADO

O promotor Roberto Livianu criticou com muita propriedade o foro especial, parte de uma "cultura de privilégios". Não encontrei em seu texto, todavia, referência aos privilégios dos quais a magistratura brasileira é usufruidora.

MARCELO COSTA (Goiânia, GO)

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LIVROS

Excelente artigo o de Jézio Hernani. Importante para a construção de leitores é o controle do mercado. Grandes livrarias acabaram com as de bairro e pequenas editoras são reféns de descontos absurdos, que servem apenas para encarecer o produto. A solução é a aprovação da lei do desconto fixo e a valorização do pequeno e médio empreendedor de cultura.

ANTÔNIO CARLOS ALVEZ PINTO SERRANO (São Paulo, SP)

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